Boletim Travessias #02

Escola Brasileira de Psicanálise – Boletim das X Jornadas da Seção SP – Número 02 – agosto de 2021

e-dito

Imagem: Instagram @contemporary_art
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Por Paula Christina Verlangieri Caio de Carvalho

É com grande entusiasmo que lançamos o TRAVESSIAS #2! Esse número traz uma viva discussão, resultado de aportes de colegas de nossas comissões, de outras seções e outras Escolas, tornando nossa travessia muito profícua.

A rubrica Flashes da comissão de orientação nos brinda com questões de nossas colegas da Seção SP – Patrícia Badari traz a diferença do corpo como organismo e o falasser. Veridiana Marucio questiona a dimensão do passe como ato político e Cristiana Gallo nos leva a questionar a Escola como “laboratório” e os laços.

Flashes da comissão de orientação

Imagem: Instagram @contemporary_art
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Eixo 4 – Ato analítico e política do sintoma

Por Patricia Badari (EBP/AMP)

Corpo-máquina, corpo-imagem, corpo biológico sem laço com o corpo do falasser, identificação do corpo do falasser ao organismo – é o que evidenciamos mais e mais no mundo contemporâneo.

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Eixo 3 – Ato analítico e civilização

Por Cristiana Chacon Gallo (EBP/AMP)

Dirijo minha questão a este eixo, partindo do ponto levantado acerca da convergência entre o discurso da civilização e o da psicanálise na atualidade, numa referência a Miller em “Uma fantasia”.

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Eixo 5 – A passagem de psicanalisante a psicanalista

Por Veridiana Marucio (EBP/AMP)

O passe como ato político
A psicanálise, por garantir um futuro aos nossos sintomas e não a sua erradicação, é o avesso do discurso do mestre contemporâneo, e é essa a relação que a sustenta. O que nos dá testemunho dessa afirmativa é o Passe.

Textos Preparatórios

Imagem: Instagram @contemporary_art
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Eixo temático 1: Declinações clínicas do ato

Gustavo Oliveira Menezes (EBP/AMP)
Maria Célia Reinaldo Kato (EBP/AMP)
Rômulo Ferreira da Silva (EBP/AMP)

A partir do ato, o que o psicanalista institui como experiência analítica? Ao abordar o tema do ato e suas declinações na perspectiva da clínica, nos deparamos, primeiramente, com o ato falho, formação do inconsciente que pode escapar à escuta e que chamou a atenção de Freud. O ato falho é interpretável, está na ordem do simbólico e transmite algo do desejo. É o que emerge e que ultrapassa o sujeito, o surpreende. Segundo Jacques-Alain Miller, “o que é o ato falho, senão o…

Imagem: Pixabay
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Eixo temático 2 – Ato analítico e tempo

Daniela de Camargo Barros Affonso (EBP/AMP)
Maria Bernadette Soares de Sant’Ana Pitteri (EBP/AMP)
Valéria Ferranti (EBP/AMP)

“O tempo não para e no entanto ele nunca envelhece”. Ao apontar o paradoxo, o poeta nos leva a mergulhar no enigma que faz do tempo um mistério sempre investigado pela humanidade. Bergson, lembra Jorge Luis Borges, disse que o tempo era o problema capital da metafísica e que, depois dele resolvido, ter-se-ia resolvido tudo. “Que é o tempo?”, perguntava Santo Agostinho, para responder: “Se não me perguntam, eu sei. Se me perguntam, eu ignoro”. Este mesmo filósofo se debatia diante da dúvida…

Imagem: Instagram @reymondimagenslinas
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Uma disputa do ato: contribuições para uma clínica psicanalítica do suicídio

Nieves Soria (EOL/AMP)

A recusa do inconsciente
O suicídio nos deixa sem palavras, não sabemos nada sobre ele. Nos confronta com a ignorância mais absoluta. Nos deslumbramos até que o esquecemos. Ele se produz em um abismo que só por vezes nos aproximamos em nossa prática. O abismo no qual o suicida se lança consiste em uma recusa de saber, uma recusa que se eleva como um não radical e absoluto diante dos emaranhados do verdadeiro, com suas voltas e reviravoltas…

Imagem: Instagram @artintermational
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A entrada em análise: ato e moterialismo

Cristina Drummond (EBP/AMP)

Nas jornadas da ECF sobre o feminino, François Ansermet nos disse que a fala de Paul Preciado nos trouxe a responsabilidade que temos de reinventar a psicanálise em um mundo do qual participamos. O pensamento de Preciado foi tomado por nossa comunidade como signo da subjetividade de nossa época e a questão trans como uma consequência da intervenção da ciência no mundo dos seres falantes. Já em 83, Catherine Millot dizia: “nada de transexual sem cirurgião e sem endocrinologista”…

Imagem: sobreposição de azul, corpo e ave; imagens e mapa de visões de Mari Becker @maribeckerfotografia
Imagem: sobreposição de azul, corpo e ave; imagens e mapa de visões de Mari Becker @maribeckerfotografia

A poética de Mar Becker: escrita, arrebentação e naufrágio

Janaina de Paula Costa Veríssimo (Associada ao CLIN-a)

Em 2020, o primeiro livro de Mar Becker – A mulher submersa, foi lançado pela editora Urutau, promovendo, para muitos de seus leitores, um encontro inaugural e arrebatador com a sua escrita. No entanto, Mar, a gaúcha de nome de batismo Marceli Andressa Becker, já conduzia com mãos de artesã seu “projeto estético”, como ela assim o nomeia, desde os quatorze, quinze anos de idade. Em seu percurso, o livro anuncia-se mais como consequência e menos como fim…

Eixos Temáticos

Imagem: Instagram @contemporary_art
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A partir do ato, o que o analista institui como experiência analítica? Freud aborda o ato falho enquanto formação do inconsciente. É o que emerge e que ultrapassa o sujeito. Lacan, no Seminário 11, dirá que aí se instaura a dimensão da perda e introduz a concepção de que o inconsciente se manifesta como o que vacila num corte do sujeito. Assim, o importante no ato nesta perspectiva é o que escapa. Como o advento do ato falho dá abertura para o ato do analista?

Orientações para envio de trabalhos

Imagem: Pixabay
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Data limite para envio dos trabalhos: 26 de setembro

Os textos devem ter, no máximo, 6000 caracteres (com referências e espaços), escritos em Times New Roman 12, justificado, espaçamento simples, com notas (referências) no fim de página.

Colocar no Cabeçalho o título do trabalho, o nome do(a) autor(a) e o Eixo Temático no qual o trabalho se insere.

Cartéis

Imagem: Pixabay
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Cartéis em torno das X Jornadas da EBP-SP

Órgão de base da Escola, o dispositivo de cartel é fundamental para manter sua lógica de funcionamento, assim como fazer circular a transferência de trabalho. É também o espaço privilegiado para as produções epistêmicas e que irão contribuir para animar nosso evento.

Para estas X Jornadas da EBP-SP, a diretoria incentiva a formação destes pequenos grupos em torno do tema proposto – Psicanálise em ato –, assim como dos cinco eixos temáticos.

Caixa de entrada

Imagem: Pixabay
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Como alojar de uma boa maneira, por meio de nosso Boletim TRAVESSIAS, uma transferência de trabalho, recortando os ditos espalhados pelas redes? A ideia consiste em abrir um espaço disposto à invenção, de modo a tecer uma expressão de laço entre o Boletim e a comunidade analítica.

Caixa de entrada terá como finalidade garimpar do chat do Zoom, os conteúdos produzidos durante as atividades preparatórias para as X Jornadas da EBP-SP – “Psicanálise em ato”, ali onde a palavra encontrou novas vias de circulação através de um comentário, uma questão sustentada, uma inquietação. Afinal, as palavras seguem sendo o alicerce primordial da invenção de Freud: o inconsciente participa!

Conexões com a cidade

Imagem: Pixabay
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Com o título Conexões com a cidade, esta rubrica é dedicada a trazer para nossos leitores uma amostra da agenda cultural da cidade, curiosidades e a possibilidade de explorar museus, obras temáticas que se destacam por seu caráter único.

Bibliografia

Imagem: Instagram @dustyatticrarebooks
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Podcast

Imagem: Instagram @contemporary_art
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Comissões

Imagem: Instagram @overist_curation
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Comissão de Boletim
Camila Popadiuk e Paula Caio Carvalho (Coordenadoras), Emelice Prado Bagnola, Maria Marta Ferreira, Mariana Ferretti, Marilsa Basso, Mirmila Musse, Perpétua Medrado