Boletim Fora da Série das Jornadas da Seção SP - Número 05 - Novembro de…
Comentário sobre “Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano”
In Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998, p. 831-833.
Kátia Ribeiro Nadeau (Associada à CLIPP)
O sujeito subvertido é aquele que se assujeita à lei do significante.
Lacan propõe neste texto a idéia de que existe um lugar a partir do qual se fala, estruturado a partir dos elementos estruturais (i(a) a imagem especular, o Outro, a demanda, a castração, o desejo, o significante da falta no Outro, o gozo, a fantasia, o ponto de basta, o eu e o I(A) o ideal do eu) que permitem discernir a posição do sujeito com uma articulação significante ordenados no grafo do desejo.
Estes elementos são estruturantes do lugar do sujeito dividido entre enunciado e enunciação diante do objeto não especularizável, o objeto a.
Para voltarmos ao biologismo em Freud, com toda sua dignidade, é preciso incluirmos a formulação do conceito sobre a pulsão de morte. A precisão de que se trata, evidencia que o objeto é o protótipo da atribuição de sentido do corpo como pivô central do SER.
Diante do fato do ser falar, a linguagem assegura uma margem para além da vida. O ser do sujeito é o corpo, separado estranhamente do princípio do prazer.