AS SUTILEZAS DO VINHO Rejane Tito Para além do oportuno e necessário debate sobre a…
ACONTECE EM SÃO PAULO – CSPonline#14
DIRETORIA DE BIBLIOTECA
DIRETORIA DE INTERCÂMBIO E CARTÉIS
Eliana Machado Figueiredo
Em Mogi das Cruzes, o ano de 2017 começa com uma atividade da Diretoria de Biblioteca e Diretoria de Intercâmbio e Cartéis da EBP-SP, no dia 11 de fevereiro, e com a exibição e discussão do filme A céu aberto.
A cineasta Mariana Otero e sua câmera nos revela o trabalho do Courtil, uma instituição na Bélgica. Com muita sensibilidade mostra o dia-a-dia de crianças e jovens, autistas e psicóticos, e nos convida, com eles, a olhar novas formas de ver o mundo.
Evanne gira até perder o equilíbrio; Amina não pode falar; Alysson passa a perceber seu corpo de uma forma nova. A diretora nos conta em entrevista publicada por Marta Berenguer (Casa de Paraula, Espanha, outubro/2014): “No filme aparece uma menina, Allyson. Durante as locações, notei que era muito apática. É uma menina que chamaríamos de “esquizofrênica” e que dá a sensação de ter o corpo que vai por todos os lados. Em uma cena do filme, olha o braço como se não fosse seu. Antes da rodagem, Allyson não corria, quase não se movia, estava, inclusive, um pouco “depressiva”. Acredito que a relação com a câmera, com o marco, permitiu-lhe, de alguma maneira, juntar seu corpo e colocá-lo em movimento. No final do filme, tem uma cena muito alegre e divertida na qual essa criança e eu começamos a correr juntas no campo. Foi algo realmente surpreendente porque, antes da rodagem, talvez essa menina nunca tivesse feito isso. Sua relação com a câmera, pois, teve efeitos e foi como uma solução para ela”.
A atividade é aberta ao público em geral e será uma oportunidade de apresentar o trabalho da psicanálise de orientação lacaniana com sujeitos que mostram seu sofrimento psíquico e sua forma peculiar de estar no mundo.
A clínica do singular é o principal diferencial e ensinamento da prática no Courtil, além do trabalho entre-vários, revelando o que essas crianças e jovens podem inventar, sem importar tanto o diagnóstico, valorizando-se muito mais a transferência possível nesses casos e a construção de algo no cotidiano de cada um deles.
Inscrições:https://goo.gl/forms/ZOwKnDtE16E7vpMG2
email:elianasoliano@hotmail.com