Por Niraldo de Oliveira Santos EBP/AMP “Alguns sendo singulares, se ajuntam, e podem ser colocados…
Laços em Sampa
“AmarElo”: Belchior tinha razão
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro(Belchior, “Sujeito de Sorte”, no álbum “Alucinação”, de 1976)
Um alerta no trânsito e, em setembro, um alerta à vida. Amarelo, no Brasil, também faz par com o verde, e “AmarElo” faz vários elos. O rapper é paulistano, o videoclipe é gravado no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e a música estreou de modo a alcançar muitos: pelo YouTube. Ainda, o lançamento do dia 25 de junho é uma parceria com Pabllo Vittar e Majur e conta com a voz improvável e adorável de Belchior, morto em 2017, cantando trechos de “Sujeito de sorte”. A abertura fica à cargo de um áudio recebido pelo rapper de uma pessoa próxima que viu o suicídio como opção – e sobreviveu.
É do que os versos falam, de sobrevivência. Vão do “pedido de socorro” que foi o sucesso anterior de Emicida ao aluvião de “AmarElo”, hoje: “Estilo água, eu corro no meio das pedra”… E aí entra Belchior, o Bel, poeta, um dos perfeitos retratistas da desolação e da condição, por vezes dessaborosa, humana. Emicida, sagaz, busca um dos mais icônicos trechos do artista para referendar sua mensagem – e cria uma poderosa candidata à canção do ano, segundo a Rolling Stone.
Pabllo Vittar, menino drag, e Majur, não-binárix, dão voz ao poema “Permita que Eu Fale”, de Emicida, e a trechos de Belchior. Pabllo elogia: “O valor social que ‘AmarElo’ carrega é enorme e vai promover reflexões que precisam, cada vez mais, ser levantadas”. E Majur completa: “‘AmarElo’ traz na sua poesia o retrato de um Brasil de multiplicidade e canta a busca por nosso lugar social”.
Para assistir ao videoclipe, acesse: https://youtu.be/PTDgP3BDPIU
Fontes: artigo do G1, Tenho mais discos que amigos e Revista Rolling Stone.
Bar “A Dama e os Vagabundos”
Como se alguém se sentasse em uma mesa e pedisse “Um boteco, no capricho!”, surge o bar “A Dama e os Vagabundos”. Aberto em setembro de 2017, é escolha do júri e eleito um dos melhores de São Paulo, pela Folha. Esse é um dos representantes da nova boemia que se disseminou pela cidade nos últimos anos, em que um boteco pode manter as mesas de plástico na calçada e fugir da dupla ‘cerveja gelada e salgadinhos’ – sem abandoná-los!
Localizado na Barra Funda, tem vitrola de onde sai rock e churrasqueira com carvão e lenha que já ganhou boa fama. Você pode pedir costelinha de porco cortada em tiras bem macias – acompanhada de mandioca na manteiga de garrafa e queijo de coalho com mel (R$ 32,00) -, mix de carnes e legumes ao Poroto, Ovos Rancheiros para comer com o pão tostado na grelha (R$ 24,00), sanduíches e outros. No balcão ou nas mesas do salão e da calçada, também é possível pedir a gelada cerveja em garrafa ou drinques, que vão do prosaico rabo de galo (R$ 15,00) a clássicos como o Tom Collins (R$ 25). Água filtrada é cortesia da casa, o atendimento recebe elogios, o preço é justo e dizem que o banheiro é o mais bonito da Barra Funda.
Endereço e horário de funcionamento:
Rua Souza Lima, 43 – Barra Funda, São Paulo.
Terça a quinta, de 18h às 22h30. Sexta, de 18h às 23h. Sábado, de 15h às 22h30.
Mais informações nas redes sociais:
Facebook: @ADamaeosVagabundos.Bar e Instagram: @ adamaeosvagabundosbar
Fontes: Veja SP, Urban Taste, Folha de São Paulo
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Fundado em 1948 por Francisco Matarazzo Sobrinho e colaboradores, o MAM teve sua primeira sede na Rua Sete de Abril, 230, no mesmo andar do MASP, já mudou de prédio, passou por reformas e teve todo seu acervo doado à Universidade de São Paulo (vindo a constituir o Museu de Arte Contemporânea). Há 30 anos o Museu localiza-se sob a marquise projetada por Oscar Niemeyer, no Parque Ibirapuera, em edifício adaptado por Lina Bo Bardi. Hoje, o MAM é composto por salas de exposição, ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e loja, que se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx.
O Museu realiza exposições temporárias estruturadas em quatro temporadas. Desde 1969, a cada dois anos, é feito o Panorama da Arte Brasileira, relevante mostra no circuito artístico internacional, que resulta do mapeamento da produção em todas as regiões do país. O MAM mantém, ainda, uma biblioteca multimídia e ampla grade de performances, espetáculos e práticas artísticas. Na programação atual, encontramos as exposições “Passado/Futuro/Presente” e “Os anos que vivemos em perigo” (ambas até 28 de julho). Dia 17 de agosto estreia a 36ª Panorama com o tema “Sertão”, que entende “a própria arte como “sertão” – em sua instância de experimentação e resistência –, deixando, portanto, de lado o viés geográfico facilmente associado à palavra”.
A programação Férias no MAM oferece brincadeiras e experimentações com tintas naturais (para bebês de 6 a 24 meses. Dia 25/07, às 14:30), feira de troca de brinquedos (gratuito e livre. Dia 27/07, às 15h), dentre outros. O Domingo no MAM oferece oficina de escultura em argila (dia 21/07, às 11h), contação de histórias em tapetes e painéis artesanais (dia 21/07, às 16h) e muito mais.
A programação completa pode ser acessada no calendário do MAM, disponível aqui.
Endereço e horário de funcionamento:
Parque Ibirapuera, Portão 3 (ao lado da Bienal)
Visitação: de terça-feira a domingo e feriados, de 10h às 18h.
Entrada franca aos domingos.
Site: www.mam.org.br
Fontes: Guia Museum e MAM