Peças soltas da sexualidade
Coordenação : Silvia Sato Psicanalista, membro de EBP/AMP
Segundo Lacan, “a vida se estrutura a partir de um nó”[1] assim, parto das Peças Soltas e localizadas no corpo fragmentado, no Real, Simbólico e Imaginário disjuntos, na noção de sinthoma. Trata-se de “uma peça carente de função”[2], que se separa para disfuncionar e que permitiu Lacan encontrar em Joyce o que se faz de resíduo como eco da linguagem e com suas manobras, construir seu nó singular. Se a modernidade evidencia que não há relação sexual e se sabe que tudo é semblante, não é à toa que verificamos a insistência do retorno do Outro dos mandamentos em contraposição ao sinthoma, às peças soltas com a qual cabe a cada um encontrar uma função que sustente sua existência. É pela via dos nós que partiremos não sem rumo e sim pela experiência analítica, abertos à contingência para saber algo sobre a questão: De que modo a psicanálise serve à vida? [1] Lacan J.: A terceira, in Opção Lacaniana 62, dezembro de 2011. [2] Miller, J-A.: Bricolaje, in Piezas Sueltas, Ed Paidós, BA, 2013.
- Local plataforma Zoom