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Comentário sobre A Sociedade do sintoma: a psicanálise, hoje. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2007

Capítulo IV: Incidências da psicanálise na sociedade contemporânea

O analista cidadão

Veridiana S. Paes de Barros (Associada ao CLIN-a)

O texto “O analista cidadão[1]” de Laurent é bastante provocativo, pois convoca os psicanalistas a subverterem o lugar do analista pautado em uma prática standard, crítica, alienada das questões do mundo. O autor incentiva que o papel do analista não seja encerrado atrás do divã, e ainda sustenta uma posição útil, que intervém nas políticas públicas.

Contudo Miller[2] ressalta: o analista lacaniano não é um militante. Ele discorda da identificação maciça derivada dos ideais da política e propõe a singularidade.

Neste aspecto, Laurent[3] sugere um analista ativo, que peça uma saúde mental democrática e não segregativa. Ao mesmo tempo, situa o analista como aquele que impede que a universalidade das políticas, seja ela humanista ou não, deixe de lado a singularidade do sujeito.


[1] Laurent, E. O analista cidadão. In: Curinga- Revista da Escola Brasileira de Psicanálise. Seção Minas Gerais. Belo Horizonte, n°13, 1999.
[2] Miller, J-A. Lacan e a política. In: Opção Lacaniana n.40.
[3] idem
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