Boletim Fora da Série das Jornadas da Seção SP - Número 05 - Novembro de…
Comentário sobre A Sociedade do sintoma: a psicanálise, hoje. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2007
Capítulo IV: Incidências da psicanálise na sociedade contemporânea
O analista cidadão
Veridiana S. Paes de Barros (Associada ao CLIN-a)
O texto “O analista cidadão[1]” de Laurent é bastante provocativo, pois convoca os psicanalistas a subverterem o lugar do analista pautado em uma prática standard, crítica, alienada das questões do mundo. O autor incentiva que o papel do analista não seja encerrado atrás do divã, e ainda sustenta uma posição útil, que intervém nas políticas públicas.
Contudo Miller[2] ressalta: o analista lacaniano não é um militante. Ele discorda da identificação maciça derivada dos ideais da política e propõe a singularidade.
Neste aspecto, Laurent[3] sugere um analista ativo, que peça uma saúde mental democrática e não segregativa. Ao mesmo tempo, situa o analista como aquele que impede que a universalidade das políticas, seja ela humanista ou não, deixe de lado a singularidade do sujeito.