O maior evento de arte contemporânea das Américas está no ar! A 35a Bienal de…
Boletim Gaio #06
#06 – OUTURBRO 2023
Editorial
Gustavo Oliveira Menezes
Membro da EBP/AMP
Coordenador Geral das XII Jornadas da EBP-SP
É com grande alegria que escrevo esse editorial para o último boletim Gaio antes das nossas XII Jornadas da EBP – Seção São Paulo: R.I.S.o, que ocorrerão nos dias 27 e 28 de outubro, exclusivamente presencial, no Hotel Meliã em São Paulo. Foram meses de trabalho intenso e dedicado de cada um que apostou e contribuiu para que chegássemos até esse momento. Por isso, não poderia deixar de agradecer a todos os coordenadores e trabalhadores decididos das comissões. Agradeço também aos que escreveram para o nosso boletim, convergindo em um rico e indispensável material de consulta para adentrarmos de cabeça no tema.
Escrita Gaia
Carnavalização do riso de uma psicanálise menipeia
Cleyton Andrade
Membro da EPB e AMP
Já riu do Dino hoje? Demos boas risadas com ele nas inúmeras vezes em que compareceu ao Senado Federal no primeiro semestre de 2023. Isso rendeu uma série de vídeos, memes, etc, que surfaram nos risos provocados alí.
Num diálogo entre Tiquíades e Fílocles, numa cidade no oriente do Império Romano, a respeito da adesão e satisfação das pessoas em torno da mentira, o primeiro relata ao segundo uma série de conversas ocorridas na casa de Êucrates envolvendo diversos outros convidados. Cleodemo conta como se deve curar uma doença coletando, com a mão esquerda, o dente de uma fuinha enrolando-o na pele de um leão amarrando em volta da perna para parar a dor. Transcorre uma discussão se não deveria ser com a pele de uma fêmea de veado ainda virgem, devido à sua velocidad…
Macunaíma é um gaio de sarapantar!
Emelice Prado Bagnola
Silvana de Oliveira
Participantes da Comissão de Livraria das XII Jornadas da EBP-SP
Associadas ao CLIN-a
“Ai! Que preguiça!…”. Macunaíma nasce como um Tapanhumas, indígena de pele escura, preto retinto e é reticente para entrar na linguagem. Ler “Macunaíma” nos faz rir de algo, de uma poesia incompreensível algumas vezes. Do inesperado das soluções e saídas desse herói da língua à invenção de algo novo para existir frente aos mistérios, ao encontro com o homem máquina e a máquina homem. Ele nos atualiza algo que está e surpreende como diria o poeta:” E aquilo que nesse momento se revelará aos povos. Surpreenderá a todos não por ser exótico. Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto. Quando terá sido o óbvio”.
Seguindo o seu movimento, cena após cena, como em um labirinto, sua metamorfose, sua polifonia, é interessante o acento dado por Verônica Stigger: “Macunaíma não vale nada, mas acabamos nos apaixonando por ele. Ele nos diverte, porque nos faz rir. Mas não só. É aí que entramos no segundo significado de diversão. Macunaíma nos diverte porque nos desencaminha. Diversão segundo o grande dicionário “Houaiss”, mudança de direção”.
Esp de um riso
Futuro da Psicanálise: R.I.S.o?
Carlos Ferraz Batista
Participante da Comissão de Referências Bibliográficas
No texto de Miller, Clínica Irônica, há uma descrição do esquizofrênico, que proporciona informações vitais para pensarmos a psicanálise por vários âmbitos.
Neste verbete, em meio ao R.I.S.o e a ironia, gostaríamos de propor uma articulação do Real com a política da psicanálise.
Para ilustrar nossa proposta, retomaremos o texto supracitado de Miller: o esquizofrênico é aquele que “se especifica por não ser apreendido em nenhum discurso, não se defende do real pelo simbólico, porque para ele o simbólico é o real, contexto que se refere à ironia, não ao humor”.
Estão fazendo arte
A arte como terceiro
Flavia Corpas
Coordenadora da Comissão de Arte e Cultura das XII Jornadas da EBP Seção São Paulo
Patrícia Ferranti Bichara
Coordenadora da Comissão de Arte e Cultura das XII Jornadas da EBP Seção São Paulo
Membro da EBP/AMP
Neste último Boletim Gaio, gostaríamos de depositar, compartilhar e, quem sabe, transmitir algo que extraímos do trabalho na Coordenação da Comissão de Arte e Cultura das XII Jornadas R.I.S.o. Comissão nova e desafiadora, que relançou questões sobre a articulação entre arte e psicanálise, tendo como mote o riso e sua pluralidade no que interessa à psicanálise de orientação lacaniana.
Acontece na cidade
35a Bienal de São Paulo
Comissão de Acolhimento
O maior evento de arte contemporânea das Américas está no ar! A 35a Bienal de São Paulo vem com o tema Coreografias do Impossível que promete bastante movimento no mundo das artes plásticas. A mostra vem retratar as inquietações de um mundo pós-pandêmico, sem abrir mão das questões que permeiam as esferas sociopolíticas e ambientais.
Uma das novidades desta edição foi a não escolha de um curador-chefe, movimentação que propõe uma espécie de dissolução de um modelo hierárquico, vem dar voz a formatos artísticos de vários territórios ao redor do mundo e vai ao encontro do singular, como define o presidente da Fundação Bienal de São Paulo, José Olympio da Veiga Pereira.
Livraria no Ar
A Comissão de Livraria das XII JORNADAS “R.I.S.o” contará com dois espaços de vendas este ano. Um, o nosso tradicional, com títulos de psicanálise do Campo Freudiano.
O outro espaço é fruto da parceria com a Livraria da Tarde, que nos trará títulos os quais podem abrir diálogos entre a psicanálise e outros campos do saber.
RSRSRS
INSCRIÇÕES
DATA FINAL DE INSCRIÇÃO ONLINE – 25/10/23
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