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Como transitar entre litoral e encruzilhada?

Por Andrea Vilanova

Para começar, vale repassar em linhas gerais algumas coordenadas da abordagem do corpo em Lacan, pelo papel que o tema toma nos tempos atuais, colocando o corpo no centro das discussões, desde a clínica à política, passando pela economia e cultura. Tomando aqui brevemente um percurso que ao longo do ensino de Lacan vai da primazia do simbólico à orientação para o real, temos ao menos três coordenadas fundamentais para pensar o corpo. Partimos de uma leitura na qual o corpo como imagem unificada antecipa-se ao sujeito, e sob a ação do simbólico apresenta-se como superfície de inscrição dos significantes do Outro, que o marcam de modo singular. Esta concepção do corpo mortificado pelo significante localiza o gozo fora do corpo e institui as balizas do sujeito entre o Outro e o objeto. As coordenadas fundamentais que sustentam o modo de satisfação – único para cada um – ancoram-se numa operação que celebra o nascimento do vivente como sujeito dividido no Outro da linguagem, ao mesmo tempo que só prescindindo do Outro é que poderá servir-se dele, tomando ao seu encargo sua posição no discurso.  [Leia +]


Ecos das Jornadas Exílios

Astréa da Gama e Silva

Um eco a ressoar de imediato ao mencionarmos nossas últimas Jornadas, é o da gratidão aos organizadores pelo imenso e generoso trabalho. A coragem em assumir riscos propiciou-nos Jornadas incríveis.

O tema exílios proposto por nossa querida Stella nos permite ler em sua raiz, um movimento de “expulsão para fora do lugar”, condição nossa, estrutural de seres falantes.

É um desconforto que nos obriga a um trabalho contínuo, seja procurando habitar um corpo que insiste em nos escapar, seja correndo atrás dos sentidos das palavras, pois, contrariando Caetano Veloso, cuja “canção é só pra dizer e diz”, nós não dizemos o que pretendíamos dizer. É um buscar refúgio de forma incessante para nossa singularidade. [Leia +]


Jornadas 2020 Exílios: O que nos resta?

Geisa de Assis

A mim me foi dada a tarefa de transmitir o que pude recolher do acontecimento que foram as Jornadas de 2020. Nunca estive tão próxima de uma jornada de nossa Escola. Pude perceber que ela se dá em elaboração, um intenso trabalho de elaboração que ainda está acontecendo. Para mim é difícil falar da alegria que vimos como efeito deste intenso trabalho sem falar do desejo que o iniciou e o atravessou em todo instante. Acredito que este desejo transmitido se apresenta em duas apostas: a primeira, em abrir as Jornadas e a Escola, aposta que se exprimiu na estratégia em fazer circular outros corpos, outras vozes, outros saberes, outros modos de gozo e, a segunda aposta foi não apostar no mestre como o meio principal de transmissão. [Leia +]


Minha prática e o COVID-19

Isabel Lins

Queria falar a vocês sobre como percebo essa questão nos meus atendimentos, reduzidos hoje ao uso da tecnologia. Sem querer me precipitar, posso dizer que parte de meus pacientes está mais pronta para suas análises, que aumentaram sua disposição a associar livremente e vêm apresentando uma maior capacidade de elaboração.

Como entender que frente ao confinamento, ao exílio, ao isolamento, a um tal quotidiano, privado de suas costumeiras referências, um mundo inteiramente de cabeça para baixo, enfrentando riscos permanentes e imprevisíveis de contrair a doença, nos deparemos com inconscientes mais abertos, mais pulsáteis ou mesmo mais alertas? [Leia +]


Jornadas são pontes

Marcia Zucchi

As Jornadas Clínicas são sempre um momento especial do trabalho da Seção Rio e do ICP-RJ.  O cume do trabalho do ano. Tempo de recolhimento do que foi produzido nos cartéis, seminários, cursos, como  também, momento de  exposição desse trabalho para além dos limites da Escola e do Instituto.

Já há vários anos, porém, este é também, o principal momento onde nos abrimos para uma interlocução direta com a cidade, seus problemas, projetos, suas invenções e seus saberes. Saberes e fazeres que circulam e com os quais buscamos pontos de conexão. [Leia +]


A roda de conversa continua

Maria do Rosário Collier do Rêgo Barros

Na Roda de Conversa do dia 7 de novembro de 2020, nas Jornadas sobre ”Exílios: corpo, sinthoma e território” surgiram questões que traziam para o debate a tensão entre o coletivo e o individual, considerada a partir da experiência do exílio e seus destinos. Que respostas cada um pode dar para não encarnar o lugar da exclusão absoluta, que confina algumas vezes com a morte?
Paulo Vidal, em sua provocação para a primeira estação das Jornadas, nos convida a tensionar a dimensão política e histórica do exílio com sua dimensão estrutural, para que o sujeito possa se deslocar e não ficar preso à posição de vítima de uma exclusão. [Leia +]


Ode ao coletivo ou como construir Jornadas na pandemia

Marina Morena Torres

Para escrever sobre as ressonâncias das últimas Jornadas escolhi me deter no significante “coletivo” como eixo, por ter aparecido diversas vezes explícita ou implicitamente ao longo de todo o período preparatório, como também em cada final de semana das Jornadas. Escrevo esse texto apoiando-me em Miller, na Teoria de Turim quando diz que “A vida de uma Escola deve se interpretar.”

Algo parecia estar ali desde o princípio, desde antes de irromper a pandemia: foi acordado um funcionamento diferente nessas Jornadas, algo mais plural e que possibilitasse maior acesso, em todos os sentidos da palavra. Eu e outras participantes não-membros da Escola fomos chamadas a compor o cartel estendido de coordenação junto de membros. Agora, num momento a posteriori, entendo esse convite como uma das maneiras de tentar fazer presente uma extimidade ao já conhecido saber-fazer das Jornadas que acontecem todo ano. Em pouco tempo estávamos nos referindo ao cartel de coordenação como um coletivo. Não sei precisar exatamente em qual momento essa denominação se deu, mas nos acompanhou até a conclusão do evento. [Leia +]


Estação Sinthoma. Corpo. Território.

Continuando a conversa….

Ondina Machado

No ano em que nada deu certo, as XXVII Jornadas Clínicas da Seção Rio e do ICP-RJ estiveram na sua melhor forma. O trabalho coletivo teve um resultado coletivo: reuniu nossa comunidade e a ampliou. Os convidados não foram simplesmente convidados, aqueles que nem precisam levar o vinho. Eles fizeram parte do coletivo ampliado, trabalharam previamente em torno do tema proposto e do recorte destacado para cada Estação. Não só o resultado foi excelente, mas a repercussão e os desdobramentos das discussões também. Quero contar-lhes a minha experiência. [Leia +]


Ecos JORNADAS “Exílios”

Patrícia Paterson

“Estamos em trânsito” – assim se encerrava o inspirado texto, escrito a muitas mãos, que serviu de argumento para as XXVII Jornadas Clínicas da EBP-Rio e do ICP RJ, intitulada “Exílios” e realizadas em novembro de 2020. O ano pandêmico, que nos impediu os encontros no auditório da casinha acolhedora da Capistrano de Abreu, não poderia passar sem que tivéssemos um gostinho das nossas Jornadas Clínicas anuais – um momento sempre tão rico, pela transmissão e o espaço de interlocução que ajuda a abrir entre a psicanálise e outros campos do saber. [Leia +]

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