Diretoria de Cartéis e Intercâmbios
Biênio 2023-2025
Por Doris Rangel Diogo
Neste primeiro número de Boletim, saudamos todos os participantes das atividades da Seção Rio, firmando uma aposta em efeitos inéditos de transmissão da psicanálise.
Aos que desejarem se engajar em uma experiencia de cartel, a inscrição está continuamente aberta no site da EBP (https:www.ebp.org.br). Lacan 1(1964) propôs este potente dispositivo político cujo princípio é a elaboração apoiada em um pequeno grupo. O ponto de partida é que quatro interessados em um tema se escolhem e decidem convidar outro para a função de Mais um para, de modo coletivo, realizarem um trabalho cujo produto é próprio a cada um.
É importante que os cartelizantes, além do tema ao qual se dedicam, tenham um conhecimento sobre os princípios que regem o cartel para que possam extrair consequências dessa invenção lacaniana.
No mesmo site, há a possibilidade de preencher a ficha de inscrição em Procura-se cartel, para encontrar outros interessados em trabalhar o mesmo tema. Em breve, divulgaremos a data de um Encontro para conversarmos com os inscritos.
Em relação a “Intercâmbios” com outros campos de saber, aguardaremos a orientação da Diretoria nacional. Mas, como ponto de partida, buscaremos conexões com as atividades realizadas na Seção Rio, visando localizar e, quando possível, extrair efeitos que possam interrogar o fazer do analista.
Equipe:
- Doris Rangel Diogo (diretora de Cartéis e Intercâmbio)
- Larissa Pinto Martha
- Paula Legey
- Viviane de Lamare
1 LACAN, J. Ato de fundação. (1964) In: _____________. Outros escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003, p.235.
Diretoria de Cartéis e Intercâmbios
Biênio 2021-2023
Diretoria de Cartéis e Intercâmbio da Seção-Rio da EBP – Biênio 2021-2023
A passagem de uma diretoria a outra é, ao mesmo tempo, um momento de renovação e de continuidade. Por um lado, há o trabalho de extração dos achados nos caminhos já construídos e, por outro, há a necessidade de avançarmos na construção de um percurso que nos ajude a desbravar os tantos desafios de nossa época.
Acompanhar e estimular o trabalho em cartel na Seção Rio é um desafio que se apresenta, para a equipe que compõe esta diretoria, como um fazer alegre, vivo e instigante. Dedicamo-nos a pensar modos de os produtos e questões dos cartéis, formulados pelos membros e pelos cartelizantes da comunidade que envolve a EBP-Rio, serem recolhidos para seguirem alimentando o trabalho de Escola. Precisamos de uma Escola viva, e, para isso, o “órgão de base” da Escola, tal como Lacan propõe o trabalho em cartel [1], é imprescindível.
É nosso desejo que os membros e que a comunidade que envolve a EBP-Rio se dediquem a um trabalho singular, apresentando no pequeno coletivo do cartel as questões que pulsam em torno do percurso e do momento de cada um com a clínica, a política, a instituição, a episteme e os laços da Escola no mundo.
Em relação a esse último ponto, seguiremos também a proposta presente no site da EBP de recolhermos os “momentos de inter-câmbio”[2] em que os membros e demais colegas da Seção extraem, no encontro com outros saberes, pontos de limite em seu próprio saber e, com isso, no furo que aí se apresenta, alguns possíveis avanços sobre o fazer da psicanálise na civilização.
O Blog da EBP-Rio serve como nosso “baú”, onde podemos reunir tanto produtos dos cartéis quanto “momentos de inter-câmbio”. Clique aqui para acessar o blog: https://ebp.org.br/rj/blog/. E para entrar em contato com a equipe da Diretoria de Cartéis e Intercâmbio, basta escrever para comissaocarteisrio@gmail.com.
Maricia Ciscato – pela Diretoria de Cartéis e Intercâmbio da Seção Rio da EBP
Comissão:
- Maricia Ciscato (diretora)
- Ana Luisa Rajo
- Cristina Duba
- Maria Antunes
- Renata Martinez
- Sandra Landim
[1] Lacan, J. D’Écolage, 1980.
[2] Cf. https://www.ebp.org.br/carteis-e-intercambios/intercambios/
Biênio 2019-2021
Ana Tereza Groisman
O Cartel é a célula base da Escola de Lacan, pois reúne os elementos que caracterizam um trabalho de Escola. No Cartel, cada componente, motivado por uma questão epistêmica, política ou clínica, coloca-se a trabalho, sustentado num pequeno grupo e tendo em seu horizonte a Escola como o lugar que acolherá o produto resultante dessa tarefa. Ao mesmo tempo em que o Cartel é o coração da Escola, ocupando seu lugar mais íntimo, ele é também sua porta de entrada, ponto de torção entre o dentro e o fora, sempre aberto a qualquer um que queira se aproximar da Escola.
A diretoria de Cartéis deve zelar pelo funcionamento dessa engrenagem em todo o seu desenvolvimento, do “Procura-se Cartéis” à “Jornada de Cartel”, cuidando do registro, no catálogo, de cada novo Cartel, e propiciando que sua produção encontre os meios de divulgação disponíveis. Assim, além de acolher os que chegam, ela deve funcionar como um elo entre os diversos Cartéis, favorecendo um intercâmbio produtivo entre eles.
A Comissão de Cartéis e Intercâmbios também se organiza como um Cartel, com os quatro componentes da comissão e a diretora como Mais-um. Estes se reúnem em torno de um estudo sobre o Cartel, retornando às bases conceituais desse dispositivo e confrontando-o com o que encontramos em funcionamento em nossa comunidade. A partir da pergunta que anima cada integrante, visamos uma elaboração sobre o que se mantém da proposta de Lacan, o que mudou e o que deve ser interrogado dessa prática.
Coordenação: Ana Tereza de Faria Groisman
Comissão:
- Clarisse Boechat
- Francisca Joana Menta Soares
- Lourenço Astúa de Moraes
- Vicente Machado Gaglianone