Fátima Luzia[ii] O que os homens desejam? Freud necessitava de uma teoria que pudesse dar…
Resenha: Um tipo especial de escolha de objeto feita pelos homens [i]
Aparecida Berlitz [ii]
Freud inicia o texto diferenciando a forma de dizer sobre o amor dos escritores e dos cientistas. O primeiro utiliza a sexualidade para criar prazer intelectual e estético, que resulte algum impulso oculto nas mentes humanas. O segundo considera “a ciência a renúncia mais completa ao principio do prazer”. [iii]
Freud nos apresenta quatro tipos de escolha amorosa:
A primeira seria a escolha do homem por uma mulher comprometida, o que ele considera a condição de “um terceiro prejudicado”, ou seja, uma relação trialgular. Como num momento do Complexo de Edipo, em que o filho rivaliza com o pai para ter a mãe.
A segunda, o “amor à cortesã”, é uma forma que conjugaria com a primeira, pois a mulher casta não pode ser levada a condição de objeto de desejo, e sim a outra, sexualmente de má reputação. Esta forma de amor advém do Completo Materno, que designaria a fixação das fantasias dos meninos na puberdade e que mais tarde darão vazão na vida real.
Em outra forma, do amor normal, a mulher aparece como objeto amoroso de maior valor, pela sua integridade sexual e sua fidelidade. Nesta relação há um gasto grande de energia mental, com a exclusão dos demais interesses. Qualquer mudança de ambiente leva ao desamor e a procura de um novo objeto de amor. Estas características são de natureza compulsiva e formarão series amorosas.
A quarta forma de conexão é a de “salvar” a mulher amada. “O homem se convence de que ela precisa dele, que sem ele perderá todo o controle moral e, rapidamente descerá para o nível lamentável.” [iv]
Em tempos de conexão (des)conexão, como é o amor para os homens? Que dimensão o amor toma nas parcerias amorosas na comtemporaneidade?