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A geração youtubers mirins e o ideal vazio de fazer sucesso
O YouTube foi fundado há pouco mais de uma década, e com ele nasceu uma geração chamada hoje de “youtubers”. São crianças e adolescentes cujos principais ídolos são estrelas do canal de vídeos, e que são estimuladas a criar seu próprio canal.
Segundo nota de domingo, 6 de março, do jornal Estado de São Paulo sobre o assunto, a empresa YouTube afirma, que “As crianças e jovens de hoje querem fazer parte da produção do conteúdo que consomem. Não querem mais assistir passivamente aos conteúdos envelopados“. Para a “youtuber” de 26 anos, a Lully, do canal Lully de verdade, que interage com pré-adolescentes e jovens, “Ter canais no YouTube estimula as crianças a realmente curtir a infância”(!?) Acrescentando “Há dez anos as crianças tinham adultos como exemplo na TV. Hoje, podem se inspirar em outras crianças, sem sofrer a pressão de querer crescer logo”. Não parece o caso de Ester, de apenas 3 anos, que já tem o próprio canal, seguindo o exemplo da irmã de 9 anos que a tem como parceira para falar da sua rotina perante os 210 mil inscritos no seu canal.
Como sabemos, para o mercado a criança hoje é um objeto privilegiado para o consumo. Isto se mostra no consumo das crianças expostas às vontades dos objetos oferecidos, assim como no consumo da criança, ela mesmo objeto a ser consumido, “fazendo parte da produção do conteúdo que consomem”, como citado antes.
A geração dos “youtubers”, que organizam encontros multitudinários em diversos países da América Latina, nos alerta sobre várias questões: o perigo da exposição fora de controle de crianças e jovens entregues “às vontades que evoluíram”, sem ter mais os adultos como referência. As vontades evoluíram para onde? Para o ideal vazio de fazer sucesso? Para tornar-se uma celebridade? “Não quero ficar famoso nem rico”, diz Pedro Henrique, de 11 anos, citado pelo jornal. Curiosa escolha das palavras para expressar o que quer, se realmente quer mostrar apenas jogos.
O futuro dos “youtubers” é um mistério, como pretende a nota do jornal? O sucesso desses canais pode ser passageiro e os protagonistas mirins de hoje poderão ser descartados uma vez consumidos, pois segundo os produtores dos vídeos, deverão dar lugar a “youtubers” ainda mais novos!