Uma jornada implica um percurso e um percurso implica movimento. Para estas IX Jornadas da Escola Brasileira de Psicanálise, Seção São Paulo, elegemos nos movimentar acerca da Solidão.
Nosso ponto de partida foi uma pergunta sobre o fazer psicanalítico no tempo que corre, no tempo da “desinibição do pior”, como escreveu Nuno Ramos. Pergunta que orientou a Diretoria a eleger o tema da Segregação como eixo epistêmico para o biênio 2019 – 2020.
Sabemos com Lacan que a segregação pode ser tomada em duas vertentes, não excludentes: a segregação estrutural, inerente à linguagem, como operação simbólica que exclui necessariamente algo em seu exterior para construir um interior limitado. Princípio freudiano de uma exclusão primária, do rechaço originário de um objeto ou de um gozo. Qualquer fenômeno segregativo deve considerar como fundamental que o que ficou fora da simbolização retorna no real. E a segunda vertente da segregação onde o retorno pode se dar através da segregação social.
Como cada parlêtre se vira com a segregação estrutural? Frente a esta pergunta nos deparamos com a Solidão. Uma solidão estrutural que anda par e passo com a segregação estrutural. Jornadas lançadas convidamos cada um a por seu grão de sal no trabalho.