EDITORIAL
Solidões
Por Heloisa Prado Rodrigues da Silva Telles
Comissão de Orientação das IX Jornadas
EBP/AMP
Se no léxico, solidão, ou solitude, equivale a abandono, isolamento, desamparo, no campo que nos concerne há, notadamente, uma distinção entre estes termos – em psicanálise, trata-se de formalizar aquilo que se engendra a partir de uma práxis. Depois de transcorrido este lapso de tempo – entre o lançamento do tema das nossas Jornadas e a precipitação de sua realização – podemos dizer que temos muitas cartas nas mãos, mas certamente estamos no início da partida!
UNS TRAÇOS
Ô Solitude – Catherine Millot
Por Veridiana Marucio
EBP/AMP
“A felicidade de viver sozinha,
quando a leveza que a acompanha vai até ao apagamento de si
na alegria contemplativa”
A solidão, abordada nesse livro – que se situa entre um ensaio e um romance – nos é apresentada de uma maneira única. Não se trata de uma ficção romântica, muito menos de uma simples anamnese, mas sim da relação da história da autora, do que chamamos em psicanálise de seu próprio caso, imbricada à história da solidão em suas múltiplas encarnações.
A solidão de um ato
Por Patricia Badari
EBP/AMP
Era uma vez… Era uma vez… Era uma vez… Durante mil e uma noites. Assim, um reino da lenda persa, saiu de sua maldição. Aquela que poderia ter sido mais uma esposa a ser morta após a noite de núpcias, toma a palavra e o rei Shariar deixa-se iludir; se encanta com as histórias de Sherazade, essa que toca algo da causa de seu desejo e lhe abre a possibilidade de escolher uma outra saída para si e para seu reino.
O Koan e a solidão do Sinthoma
Por Fátima Pinheiro
EBP/AMP
A psicanálise é uma prática que implica um modo inovador de habitar a linguagem. Lacan aponta que a direção da cura requer que o analista se oriente rumo à poesia, ao situar a interpretação como poética, tendo como efeito o despertar. Na aula de 19 de abril de 1977, Lacan diz: “Se vocês são analistas, verão que é o forçamento por onde um psicanalista pode fazer soar outra coisa que o sentido. O sentido é o que ressoa com a ajuda do significante, mas o que ressoa, isso não vai longe, é mais frouxo.
Do ser à solidão da existência
Por Sílvia Sato
EBP/AMP
Uma das perspectivas que a comissão de orientação dessas Jornadas propôs diz respeito à solidão referida ao falasser, para quem o efeito da ausência do Outro é “uma ruptura do saber” e a solidão dá acesso ao “impossível de intercambiar, comunicar, ao que não se pode falar”.
LAÇOS EM SAMPA
Por Jovita Carneiro de Lima
Associada ao CLIN-a
1. Canaille Bar
2. Mostra “Entrevendo” reúne 150 obras de Cildo Meireles no SESC Pompeia
3. Teatro – Musical: Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro