EDITORIAL
Por Daniela de Camargo Barros Affonso – EBP/AMP
Gabriel García Marques, Haruki Murakami, Clarice Lispector, Alejandra Pizarnik: a literatura mais uma vez é chamada pela psicanálise para aliar-se a ela na difícil tarefa de transmitir algo do real, desta feita, do real da solidão.
UNS TRAÇOS
Uma falsa solidão
Por Cássia Goncalves Gindro – EBP/AMP
O tema de nossa IX jornada deu-me a oportunidade de resgatar, em minha memória de leitora, o prazer que foi a leitura do livro Cem Anos de Solidão, de García Marques, livro que se colocou, não sem insistência, para ser relido na solidão que cabe a todo leitor.
“Homens sem mulheres”
Por Elisa Alvarenga – EBP/AMP
Trata-se de um livro que me foi apresentado para que eu pudesse melhor testemunhar a solidão da qual este homem sofria. Não se trata de homens literalmente sem mulheres, mas de homens que amaram e perderam uma mulher, ou que não ousaram fazer de uma mulher a causa do seu desejo. Suas figuras, no Japão de Haruki Murakami, são variadas, mas revelam uma particular sensibilidade ao inconsciente deste escritor cujas ficções revelam algo do real da não relação sexual na época do Outro que não existe, em que o gozo feminino não se atém às fronteiras entre homens e mulheres.
A solidão e a adolescência
Por Flávia Cêra – EBP/AMP
Fala-se sempre sozinho, diz Lacan, mas isso não quer dizer que falar da solidão seja algo simples. Sua forma e matéria variam para cada um. Talvez por isso a encontremos com mais desenvoltura na poesia, essa forma de escrita que sabe que toda fala está aquém ou além da comunicação.
Histeria e solidão
Por Laureci Nunes – EBP/AMP
Como já se assinalou em textos anteriores neste boletim, a dimensão da solidão nos seres falantes nos coloca diante de um destino inexorável e, aparentemente, contraditório: se, de certa maneira, nunca estamos totalmente sós, em função da incidência do Outro da linguagem, no nível do gozo, estamos condenados à solidão, ao gozo do Um, considerando que a relação sexual não se escreve. Quanto à solidão, sim, ela se escreve.
O muro do isolamento nos casos contemporâneos
Por Fabiola Ramon – Correspondente da EBP-SP
Partirei do isolamento, fenômeno frequente na clínica com adolescentes, e que, no discurso normativo é tomado como um efeito da solidão contemporânea. Como a psicanálise aborda essa questão?
Em relação à solidão contemporânea, Brousse destaca em entrevista para as IX Jornadas da EBP-SP, que as modificações no laço social pelo discurso capitalista modificaram radicalmente o estatuto da solidão, do Um sozinho. Uma das marcas do estilo de vida contemporâneo é a autossegregação, seja pelo isolamento, seja por meio de comunidades de gozo.
LAÇOS EM SAMPA
Por Camila Popadiuk – Associada ao CLIN-a
É no centro de São Paulo, entre as ruas São Bento, São João e Libero Badaró que se encontra o Edifício Martinelli, uma construção icônica que já foi o mais alto arranha-céu da América do Sul.
DICAS DE HOSPEDAGEM
Você virá para as IX Jornadas da EBP-SP e não mora na capital paulista? A Comissão de Secretaria, Infraestrutura e Acolhimento fez uma seleção de excelentes opções de hospedagem. Você pode se instalar no próprio local do evento ou escolher um hotel de sua preferência. Confira a lista!