#Editorial
Por Milena Vicari Crastelo
#Cupid inaugura nossa comunicação com a comunidade analítica: membros da escola, não membros da escola, alunos dos institutos e todos os que de alguma forma tem um amor e um laço com a psicanálise.
A VIII Jornadas da Escola Brasileira de Psicanálise Seção São Paulo – Amor e sexo em tempos de (des)conexões, está em “conexão” com o tema do laço social que será o orientador para as atividades da Seção São Paulo este ano.
Vocês poderão saber mais a respeito na rubrica #ecos das quartas onde Carmen Silvia Cervelatti, diretora da Seção-SP, nos apresenta como a temática da VIII Jornadas foi concebida, nos falando a partir de seu amor pela psicanálise.
Na rubrica #orientação Veridiana Marucio, coordenadora geral e Maria Cecília Galletti Ferretti, coordenadora da comissão de orientação nos apresentam o argumento da VIII Jornadas e os eixos de trabalho respectivamente.
Para iniciarem suas pesquisas para as Jornadas, a cada número do boletim, teremos a rubrica #referências bibliográficas, preparadas por Daniela de Barros Affonso e sua comissão.
Desejo a vocês uma ótima leitura!
#Ecos de quarta
Por Carmen Silvia Cervelatti
É com satisfação que lançamos as VIII Jornadas – Amor e sexo em tempos de (des)conexões. Quero inicialmente contar-lhes como sua temática foi concebida.
Especialmente neste ano, a Diretoria da Seção promove várias atividades articuladas ao tema geral do laço social, que funcionará como orientador de nossos trabalhos: nas conversações da orientação lacaniana, nas atividades na Seção, nas leituras na biblioteca, nas VIII Jornadas, nas Jornadas de cartéis e outras. Mas este movimento não se circunscreve somente às atividades; trata-se de uma política para a Seção São Paulo. Queremos cuidar de nossos laços: entre nós (tanto entre os Membros da EBP em São Paulo como entre todos os participantes das atividades), com a Escola, com os Institutos, com a cidade, cuidando da transferência de trabalho, privilegiando-a.
As Jornadas estão no centro desta proposta. Ninguém melhor que Christiane Alberti para falar de laço social, ela que tanto trabalha esta temática.
Ano passado trabalhamos as Pai-versões, com o objetivo de discutir a clínica atual a partir das leituras de Lacan sobre o tema. Em 2018, continuamos com a atualidade, com a clínica, mas com uma pegada mais aberta, mais light, talvez. “Amor e sexo em tempos de (des)conexões” guardam uma conexão com as pai-versões.
#Orientação
Argumento
Por Veridiana Marucio
Sobre o impossível, o falasser escreve em seu corpo por suas vias de gozo, vias pelas quais transita uma satisfação repetitiva, desde sempre. Em tempos de (des)conexão o impossível de ser escrito, ou seja, a inexistência da relação sexual, não apenas se mostra mas também se coloca como matéria e objeto de fetiche e de consumo.
O presente argumento é fruto de interlocuções com as diferentes comissões organizadoras e pretende lançar questões que iniciem a construção de nossas VIII Jornadas de estudos. Tais questões visam despertar o interesse de nossa comunidade em produzir contribuições sobre o tema, a partir do vivo da clínica psicanalítica.
Partimos de uma constatação: as mutações dos tempos atuais ecoam nas relações amorosas e sexuais, sensíveis às formas que o mal-estar na civilização assume. Em nossos tempos o objeto a, e não mais o amor ao Pai, comanda a cena conectando-se sempre ao “mais ainda”!
Referências bibliográficas
Por Daniela de Barros Affonso e Comissão
Equipe do Boletim #Cupid
Milena Vicari Crastelo – Paula Caio – Eliana Figueiredo – Alessandra Pecego
Marcelo Augusto Fabri de Carvalho – Fabiola Ramon – Felipe Bier