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Conversas sobre o passe na Escola, dia 20 de agosto

Comentário de Marícia Ciscato

Na noite do dia 20 de agosto, Renata Martinez e Romildo do Rêgo Barros, em uma mesa coordenada por Heloísa Caldas, no Seminário “Conversas sobre o Passe”, debruçaram-se sobre duas difíceis lições (XXI e XXII) de O Banquete dos analistas, de Jacques-Alain Miller, que versam especificamente sobre o passe e o final de análise.

Romildo marcou, de modo leve e preciso, a descontinuidade radical entre a análise e o passe, destacando que não se trata de um único processo que teria início com a análise e se findaria com o passe, uma vez que o objeto em um e em outro movimento não coincide, indicando uma rica discussão a se desdobrar a partir daí.

Renata nos brindou com um lindo texto, que acompanha com cuidado o momento político deste Curso de Miller, há 28 anos, e as questões sobre o passe que ressoam de lá pra cá em nossa comunidade, articulados às transformações na teoria de Lacan e à experiência do passe na Escola. Dentre os muitos pontos levantados, pinçou a questão entre as soluções significante e subjetiva no processo analítico, articulando-a a um fragmento do testemunho de passe de Sérgio Laia. “Como se transmite o que cessa de não se escrever?”, foi sua pergunta-norte, com a qual nos fez caminhar conjuntamente em seu esforço de elaboração.

O debate foi animado, com intervenções preciosas, dentre elas, a de Stella Jimenez, que marcou a transmissão como unicamente possível a partir do impossível de cada um. Terminamos a noite com um gostinho de “quero mais”, com o próximo encontro já anunciado com a participação de Andréa Reis e Fernando Coutinho.

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