Prezados colegas, desejo disponibilizar para vocês a gravura que ofereci em homenagem à nossa querida…
Rupturas…mais ainda! – por Ruth Helena Pinto Cohen
Prazer, alegria, tristeza, dor, as pulsões – é claro – ou atividades aparentemente incorpóreas como os pensamentos ou o trabalho intelectual, enfim toda sensação humana é corporal e sexual. Isso é o que denominamos gozo.
(JIMENEZ. S.13 de janeiro de 2020)[1]
Stella, se da sua intimidade pouco usufrui, por outro lado, bebi da letra que você produziu, dos nós borromeanos que entrelaçou e da paixão por Joyce com Lacan.
Obrigada por ter generosamente dado, rapidamente, o título do que seria seu trabalho no cartel Exílios “O que a quarentena nos ensina sobre o exílio estrutural” e, pela oportunidade de ouvir você discorrer sobre o enigmático “avesso do habeas corpus”, do texto sobre Joyce. Se habeas, do verbo habere, significa «ter», não ter seu corpo presente, certamente será mais uma ruptura para a psicanálise, mas ainda resta o acesso à letra, a transmissão e a riqueza de suas interpretações agalmáticas da orientação lacaniana.
Contávamos com sua enorme contribuição em 2021, nos valeremos da viva escrita que deixa como herança e das fortes imagens que marcam sua presença. Sentirei falta de sua escuta acolhedora, sempre atenta às contribuições nas discussões, que me serviram de empuxo frente aos desafios que enfrentamos e enfrentaremos, ao insistir com a causa analítica, em tempo de pandemia.
Buscarei seguir a trilha deixada por seu tema, o “exílio estrutural”, abertura para continuar a pesquisa sobre o que a “quarentena”, na clínica psicanalítica, pode nos ensinar.
Seu desejo, uma causa!