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Homenagem a Stella Jimenez – por Heloisa Caldas

Stella foi muito relevante para minha formação, em especial, nos primeiros anos. O primeiro trabalho que apresentei em uma mesa de evento de psicanálise foi em sua companhia. Elisa Monteiro coordenava a mesa. Naquela ocasião, foi para mim uma honra estar ao lado de Stella. Foi também um momento decisivo para que eu fizesse uma opção pela formação com aquelas colegas que tão bem me acolheram. Alguns anos depois fazíamos parte daqueles que vieram a fundar a EBP.

Stella me deu muitas supervisões que me ajudaram bastante.

Ela era séria, mas alegre; estudiosa, mais engraçada; social, mas serena em sua posição de Um sozinha. Como Romildo comentou, ela sabia se fazer acolhida embora mantivesse nítida sua posição de exilada.

Sua transmissão era generosa, tolerante com o não saber de quem a escutava nos cartéis, atividades, eventos; da mesma forma na supervisão.

Em seu texto Transitoriedade, Freud nos aponta que o luto é “um grande mistério, um fenômeno de que não se tem clareza e ao qual inclusive se atribui obscuridade”[1].

Perder Stella é muito difícil. Mas ela nos deixou tantas lembranças boas! Estou certa que essas lembranças nos ajudarão a ter clareza no trabalho de luto de sua perda.

Rio de Janeiro, 03 de agosto de 2020.

[1] Freud, S. Transitoriedade (1915- 2019) Um século de metapsicologia: Freud e o seu legado conceitual (orgs.:  Caldas, H; Darriba, V.) Rio de Janeiro: Contra Capa e PGPSA/IP/UERJ, p. 17.
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