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O interpretador é o analisante, sendo que o corpo é o dele.

Gilberto Rudeck da Fonseca (EBP/AMP)
Kandinsky, “Ohne Titel” (1940)

Inicio com esta afirmação que não é cheia de equívocos. De que  corpo estamos falando? Resultado de um discurso do qual o  corpo é seu suporte. Quando partimos do gozo, “isso quer dizer que o corpo não é inteiramente só, que há um corpo”1, pode  haver nesta história vários corpos aprisionados, e até uma séries  de corpos.2

O significante se caracteriza por não haver nenhuma significação, o retorno a este fundamento que se apresenta no corpo. As articulações que surgem disto levam à emergência do gozo,  como inapreensível. Se por um lado estas articulações levam à verdade, que não pode ser dita toda, por outro lado o gozo existe, apesar de inapreensível, precisamos falar dele com algo  diferente, que se chama dito.

Seria o dito o interpretador?


1 Lacan, J. O seminário … ou pior, livro 19. Rio de Janeiro: Zahar, 2012. P.217.
2  Ibid, p.217.
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