#04 - SETEMBRO 2024
O interpretador é o analisante, sendo que o corpo é o dele.
Gilberto Rudeck da Fonseca (EBP/AMP)

Inicio com esta afirmação que não é cheia de equívocos. De que corpo estamos falando? Resultado de um discurso do qual o corpo é seu suporte. Quando partimos do gozo, “isso quer dizer que o corpo não é inteiramente só, que há um corpo”1, pode haver nesta história vários corpos aprisionados, e até uma séries de corpos.2
O significante se caracteriza por não haver nenhuma significação, o retorno a este fundamento que se apresenta no corpo. As articulações que surgem disto levam à emergência do gozo, como inapreensível. Se por um lado estas articulações levam à verdade, que não pode ser dita toda, por outro lado o gozo existe, apesar de inapreensível, precisamos falar dele com algo diferente, que se chama dito.
Seria o dito o interpretador?