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EDITORIAL Boletim Fora de Linha #03

O que ainda ressoa sobre os eixos

Por Licene Garcia

Tomando o fio condutor da última edição do Fora de linha e a última atividade preparatória que aconteceu no dia 21 de junho, a terceira edição do nosso Boletim pode ser lida a partir das ressonâncias que marcaram a escrita de cada um dos trabalhos que compõem a presente edição. A locomotiva que partiu rumo à 4ª Jornada já deixou rastros por onde passou.

Nesta edição, contaremos com os textos daqueles que comentaram cada eixo em nossa última preparatória. Rafael Marques Longo, sobre o eixo I “O objeto a não tem sexo” assinala que o abismo existente entre a anatomia e o sexual se presentificará como cada um estabelecerá a relação com o seu objeto a, enquanto (a)ssexuado[1], objeto que se funda no gozo do Um.

Marcia Stival (EBP/AMP) com seu comentário traça três pontos de parada que nos permitem ler o eixo II “Salvar a clínica” a partir de perguntas que envolvem a posição e a operação do analista no que diz respeito a transferência, a interpretação e o diagnóstico.

Louise Lhullier (EBP/AMP), animada pelo eixo III “Que bússola é essa?”, traz o acréscimo de mais três referências que contribuem para a conversação: “A invenção do delírio” de Jacques-Alain Miller; “A loucura nossa de cada dia” de Graciela Brodsky e uma conferência de Marie-Hélène Brousse, ministrada em 2021 na Universidade de Buenos Aires.

Ainda se tratando dos efeitos dos eixos, Licene Garcia escreve sobre o que ressoou da apresentação do eixo III com o texto “Quando a bússola ressoa como pergunta”. A partir da constatação “Há gozo”, ela traz para conversação a experiência solitária em habitar o corpo próprio. Seguindo nesta mesma toada, Rafael Marques Longo faz sua dobradinha na edição do Boletim, com o texto “Para cernir um corpo real”, com sua contribuição, dimensionando as noções de gozo e corpo a partir do lapso com qual se depara na tradução de um trecho de Miller em “Habeas Corpus”.

Já a Comissão “Não procuro, eu acho”, entrega sua segunda escansão, na escrita de Verônica Montenegro, intitulada “Há-Um que louco-motiva”, que a partir do recorte do trecho da lição XI do curso “O ser e o Um” de Miller, articulando o que ressoou dos três eixos de trabalho.

Por fim, temos a carta-convite ao envio de trabalhos para a 4ª Jornada da Seção Sul, que terá como prazo o dia 11 de setembro.

Boa leitura!

 


[1] Termo utilizado por Miquel Bassols, em seu texto “O objeto (a)ssexuado”, publicado na Opção Lacaniana on-line, ano 7, n. 21, nov. 2016.
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