Abertura da VI Jornada da EBP – Seção Sul
Leonardo Scofield (EBP/AMP)
Aqui estamos. Chegou a hora, o local e a ocasião de verificarmos: Cadê o gozo? — na época e na clínica. Por que não também na Escola?
A Diretoria da Seção Sul tem trabalhado com a aposta de fazer com que cada uma de suas atividades seja, de fato, um trabalho de Escola. Ou melhor: que possa haver efeitos de formação para cada um dos envolvidos nas atividades. Desde um convite ao trabalho, passando pelo mal-entendido de algum percurso, até que algo se dê, para alguns, como algo que lhes valeu o trabalho.
Estar na direção desta Jornada, junto com os colegas da Diretoria e sob a coordenação de Márcia Stival, foi uma experiência de Escola para mim. Primeiro, porque apostamos em convidar a Márcia para fazer algo novo. Ou seja, o já sabido precisava fazer a máquina girar, mas não seria ele quem daria o tom. Precisei encontrar um novo ritmo — que não é o meu. E gostei.
Pude ouvir de vários colegas que estiveram à frente do trabalho desta Jornada que algo havia mudado para eles também. Pode-se ler isso no que foi realizado pela equipe do Boletim, por exemplo: eles não restringiram seus trabalhos à leitura que formata os textos apresentados e seus editoriais; assumiram um texto próprio, a partir de uma pedra que encontraram no caminho e fizeram pulsar uma orientação sobre o tempo.
A equipe de Referência não apenas se referiu: ela fez extrações, se apropriou e deu vida aos textos, também além de organizá-los para que pudéssemos nos servir deles.
A Infraestrutura, junto com o Acolhimento, se mobilizou na cidade, ou melhor, mobilizou a cidade onde podemos não apenas desfrutar de nossas presenças, mas também circular e curtir este lugar incrível que é Curitiba.
Poderia falar de cada um dos exemplos que me surpreenderam nos preparativos para este trabalho — até das surpresas desagradáveis. Mas vou poupar vocês. Guardamos para estes dois dias apenas as experiências que consideramos mais frutíferas, para que nosso trabalho siga nos orientando da melhor maneira.
Marcia, muito obrigado por conduzir todo este trabalho de forma tão singular e decidida. Agradeço da mesma forma a cada um dos envolvidos e cada comissão, aos que escreveram e aos que se inscreveram. Agradeço às colegas do Conselho e à Marina Recalde, cujo nome foi unânime para transmitir com rigor e jovialidade a psicanálise e à Ondina Machado que nos ensinará um pouco mais sobre o passe a partir de sua experiência enquanto Analista da Escola.
Desejo a cada um de vocês que gozem disso — que desfrutem, como lhes for possível, para a continuidade de sua formação analítica na Orientação Lacaniana.
