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Editorial Corpografias #2

Comissão do Boletim: Juan Cruz Galigniana (Coord.), Andrea Tochetto, Luciana Romagnolli, Paula Nocquet, Silvia Lazarini
Kandinsky, “Kleines Warm” (1928) 

Nesta edição do boletim trazemos algumas repercussões da primeira noite preparatória da 5° Jornada da Ebp-Seção Sul, em que foi apresentado o eixo: “O interpretador é o analisando”. Nele, Liège Goulart convida-nos a indagar sobre “qual a função do analista que segue seu analisando interpretador?” e levanta uma provocação assertiva e instigante: “Como opera o discurso analítico para tocar o corpo aprisionado e extrair um outro corpo?” Questões em aberto que, dentre outras propostas pelo eixo, servem de orientação para a problematização da clínica atual e para a busca de maneiras de operar que permitam a uma análise, no caso a caso, “pescar e destacar o lugar de onde isso goza”.

A conversação que lhe sucedeu evidenciou o efeito causado nos participantes das seis cidades que acompanharam o evento. Também refletiu uma nova lógica de trabalho que se inicia este ano e que enriquece significativamente o percurso que empreendemos em direção a outubro. Como mencionou Gresiela Nunes Rosa, se encontram em andamento cartéis fulgurantes em torno do tema e dos eixos que nos mobilizam. Nesta ocasião, pudemos apreciar os comentários e perguntas realizadas por Gustavo Ramos, Gilberto Fonseca, Paula Nocquet, Samyra Assad e Verônica Montenegro e o quanto colaboraram para aprofundar a discussão. A leitura do texto do eixo na íntegra e das contribuições trazidas pelos cartelizantes, certamente, suscitarão muitas inquietações e possíveis direções de pesquisa àqueles que enveredam por esta via para a elaboração e apresentação de seus trabalhos.

A presente edição do boletim Corpografias publica o texto do eixo 1 na íntegra, de modo a facilitar e ampliar o acesso dos leitores. Conta também com a primeira escansão da comissão de referências, desta vez das mãos de Soledad Torres, que se detém sobre aspectos da clínica com crianças visando a “restituir o saber” a elas e a “apontar ao saber-fazer com o gozo que é vivido no corpo”. Por sua vez, fruto de experiências compartilhadas na comissão de acolhimento, Cauana Mestre articula manejos da artista Lygia Clark e de Lacan com a fita de Moebius. Contemplando atentamente o litoral entre arte e psicanálise, Cauana tece e pontua considerações precisas a respeito do último ensino e do ato analítico.

Finalmente, somos presenteados pela obra “os corpos flóridos I”, do artista visual Francisco Faria. Apostamos em que olhar esta obra, ver-nos olhados e fitados por ela, possa causar e inspirar ainda mais a possibilidade de um dizer que vivifique e anime o trabalho que cada um tem por diante.

As informações sobre as datas e critérios para envio dos trabalhos encontram-se ao final do boletim, assim como o link da nova playlist com que a comissão de acolhimento propõe ritmos, passos e compassos.

Boa leitura e bom trabalho!

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