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Pequenos comentários!

Alberto Murta (AME EBP/AMP)

Como a SLO, possa vir a triunfar mediante a caminhada das V Jornadas intitulada: CORPO, M-E-M-Ó-R-I-A.? Como posso me servir do corpo para praticar uma psicanálise? Indago se a apresentação das duas colegas sobre este eixo: Psicanálise e Política marcam uma atualidade que nos enseja a nos escapar de uma certa petrificação reinante no nosso meio. É possível pensar a influência da atualidade em nossa política? É desejável sempre nos lançar no ensino proposto por Lacan. É possível continuar com Lacan? Se indago em que ponto a SLO se encontra na nossa época, é para evidenciar que uma Jornada, sob os auspícios da Diretoria/SLO e da sua Coordenadora aconteça. Nunca tivemos, como atividades da Diretoria, essas apresentações.

Ora, a eficácia das Jornadas no manejo transferencial se encontra em jogo no curso das referidas apresentações: eixo um, que diz respeito à Prática Clínica; Arte e Psicanálise como eixo, o segundo; Hoje, Política e Psicanálise, eixo três e, por último, ainda hoje, o quarto eixo: Neurociências e Psicanálise. O significante eixo se encontra presente. Temos quatro eixos nas nossas futuras Jornadas que se inserem em dois eixos: o eixo Norte-Sul da nossa EBP, onde congrega vários locais, e o eixo, SLO/Leste-Oeste.

Agora, isso como Das ES se impõe ao deslocarmos para o movimento em direção à EBP. O que ex-siste enquanto traumático em fazer valer a SLO face à EBP, por sua vez, face à AMP? O que quero dizer é que a SLO é uma demanda patrocinada por um real que se encontra em jogo, logo, torna-se urgente acolhê-la no manejo transferencial inerente à lógica e ao funcionamento da Escola. É por isso que continuamos a fazer jornadas.

Inicialmente, é desejável que a Escola crie as condições de responsabilidade de oferta de uma formação para que o advento, um psicanalista, dependa dela. No fundo, é a SLO uma analisante/analista? Desse modo, quero dizer sobre a necessidade crucial de evocarmos a questão da formação analítica como um ponto em torno do qual gravita a SLO. Por quê? Não quero um existir de uma Seção contaminada pela mestria que responde ao imperativo superegoico de dominar o excesso de satisfação inerente ao real em jogo. Como posso desarticular o discurso do mestre? Sim, temos uma certa urgência em coabitar a SLO com esse real. Isso é o nosso Das ES, traduzido, no nosso caso, como isso. Por conseguinte, não podemos ser ingênuos em supor que a SLO da EBP é sem este real.

Ora, o próprio Lacan mediante Freud nos solicita a deixarmos vestígios como restos no curso da experiência de uma análise. Especificamente, Lacan indica que quando instalamos algo, “enquanto perdurar um vestígio do que instauramos” – estes restos nutriram a formação da SLO – “haverá psicanalistas para responder a certas urgências subjetivas”. Logo, como seção LO não podemos cair na conformidade do funcionamento de uma instituição psicanalítica. A tese de Miller é dizer que a relação entre saber e poder inerente à política deve, porém, ser diferenciada daquela entre saber e amor.

Eis aí nossa aposta.

Vamos praticá-la!


  Lacan, J. (1966/1998). Do sujeito enfim em questão. In: Escritos. Rio de Janeiro: Zahar. p. 237.
  Ibid., p. 237.
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