skip to Main Content
[eikra-vc-text-title style=”style2″ title=”II Jornadas EBP Seção Leste-Oeste”]O Amor no Tempo das Cóleras[/eikra-vc-text-title]

Apresentação

Por Ruskaya Maia – Coordenadora Geral das II Jornadas da EBP-LO

É com alegria que apresentamos as II Jornadas da Seção Leste-Oeste da EBP O amor no tempo das cóleras. Elas acontecerão nos dias 17 e 18 de setembro, em formato virtual. Fomos buscar inspiração no romance de Gabriel García Márquez para abordar a atualidade das relações entre os seres falantes.

Mas, por que falar de amor, ainda?

O amor sempre foi tema central para a psicanálise. Ele é o tecido de todas as tramas que constituem o inconsciente tal como Freud o concebeu e aparece como condição sine qua non da experiência analítica.

No consultório do analista é assunto privilegiado. Com ou sem sofrimento, sempre falamos de amor, buscando encontrar a tal cara-metade como se, de fato, tivéssemos sido partidos ao meio em algum momento. Mas Lacan adverte que a complementaridade ambicionada pelos amantes não é mais que ilusão porque o amor tem sempre uma raiz de impossível. Por isso, o encontro amoroso, sempre contingente, é marcado por desencontros e sonha com uma eternidade que nunca vigora. A falta é, portanto, condição para o amor.

A contemporaneidade nos trouxe uma nova relação com o tempo e com o espaço. A velocidade das informações e a totalidade do mundo virtual promoveram uma reconfiguração nas parcerias. O amor romântico cedeu lugar ao encontro casual, as cartas de amor tornaram-se msgdezap, a expectativa ansiosa pelo encontro hoje é match. Se, temos o mundo na palma da mão e ao nosso redor abundam objetos para tamponar qualquer possibilidade de falta, amar se tornou ainda mais difícil.

A época que realiza o dito de que é proibido proibir e que, portanto, legitima toda forma de amor, é a mesma que possibilita o surgimento de uma força totalitária de coerção e ódio. Além disso, há pouco mais de um ano fomos surpreendidos pelo aparecimento de um vírus que nos colocou face a face com a morte. Uma ameaça de devastação que não perde em nada para muitos filmes de ficção.

Enfim, nesse tempo em que o abraço é proibido e o isolamento a melhor saída para nos mantermos sãos, insistimos em acreditar no amor e a falar dele. O amor como uma invenção que ex-iste em tempos de ódio e peste.

Estamos preparando para isso, um bonito evento, com a ilustre presença de Lizbeth Ahumada (NEL/AMP), presidente do X ENAPOL, que gentilmente aceitou linkar em nossa rede!

Esperamos vocês!

Back To Top