

O CORPO FALANTE
X Congresso da AMP,
Rio de Janeiro 2016
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sinthoma como uma forma de aparelhar o corpo, com as marcas e inscrições
dos seus modos de gozo, por uma vertente depurada da inflação imaginária
ou requerendo um outro imaginário que não aquele comprometido com a
proliferação de sentidos.”
p. 49
Maron, Glória. Limites e possibilidades. In: Correio Nº69. Escola
Brasileira de Psicanálise, São Paulo, 2011
“(…) Do ponto de vista do
sinthoma
, a regulação do sujeito ao gozo se dá por
vias que não se inscrevem no Outro. O analista é convocado a verificar o recurso
que vai operar como limite para cada sujeito, quais as ferramentas que utilizará
e, em última instância, qual a solução
sinthomática
que em cada caso terá o
efeito regulador sobre seu gozo, enlaçando real, simbólico e imaginário.”
p. 48-49
Motta, Manoel. Poesia e clínica psicanalítica Casa das Rosas. In:
Correio Nº75. Escola Brasileira de Psicanálise, São Paulo, 2014
“(…) No entanto, Mallarmé, para a psicanálise lacaniana, como demonstra
Attié, liga-se a uma vertente mais alta, que Lacan investigou em Joyce, outro
eminente mallarmeano, com seu
Finnegans Wake
: a vertente do sinthoma, onde
o sujeito e, mais exatamente, o falasser, se ancora na obra que cria.”
p. 21
Murta, Alberto. O passe, o rateio e um psicanalista. In: Opção
lacaniana online nova série Nº5, Ano 2, 2011
“(…) Interrogar o final de análise a partir de uma satisfação que convém, é
apreender que a operação analítica é uma operação de redução que deixa restos.
É afirmar que a experiência analítica visa reduzir o sintoma à sua parte mais
íntima e mais estrangeira, a saber, seu modo de gozo. A redução operada implica
em chegar ao núcleo do sinthoma enquanto gozo opaco. Pode-se sublinhar
que no último ensino de Lacan, ocorre uma inadequação entre o sentido e o
real. Isto quer dizer que há uma distância entre o que se reduz como pouco de
sentido e o que fica como inexprimível.”
Paes Barreto, Francisco. Semblante e laço social.
In: Curinga Nº28 –
Escola Brasileira de Psicanálise – Seção Minas, 2009
“(…) A criação de uma língua comum, de um discurso, é o fundamento do laço
social. Este pertence à ordem universal, do semblante. O
sinthoma
, que é da
ordem do singular, faz objeção ao laço social, e o discurso analítico se constitui
no único laço social que trata o outro como sujeito. Ele produz um laço social a
partir do irredutível do
sinthoma.”
p. 32
Rennó Lima, Celso. Da forclusão generalizada e das suplências. In:
http://clinicalacaniana.blogspot.com.br/“
(…) Quando Lacan vai estruturar o nó a quatro, ele o faz complementando,
fazendo suplência a um dos três na sua função primeira que é de dar nome,
nomear. Dito de outra forma, dar um nome, nomear, é onde reside a suplência,
isso que vai responder a S (A/), à falha do Outro.
É por isso que Lacan vai poder propor as “três formas do Nome-do-Pai”, aqueles
que nomeiam o Imaginário, o Simbólico e o Real. Como se constata, “não é
necessário que o simbólico tenha o privilégio dos Nomes-do-Pai, não é obrigado
que a nomeação seja conjunta ao buraco do simbólico” (Lacan, RSI).
Assim Lacan acrescenta à nomeação do simbólico como sintoma, as nomeações
do Imaginário como inibição e a nomeação do Real como angústia.
Pode-se, então, depreender que Lacan vai valorizar o sinthoma como quarto
nó, como suplência à função do pai, como um dos Nomes-do-Pai necessários a
disfarçar a falha estrutural do Outro, e realizar o enlaçamento do R, S e I.”
Rumenos Guardado, Cássia M. “Foraclusão generalizada e delírio”.
In:
Todo mundo delira/
Maria do Carmo Dias Batista e Sérgio Laia
(Organizadores). Belo Horizonte: Scriptum Livros, 2010
“(…) o que é do sujeito, do
falasser
, de sua diferença enquanto tal, sua
singularidade, só aparece com o quarto laço que amarra Real, Simbólico e
Imaginário e que Lacan chama de
Sinthoma.
É só com o quarto laço que aparece
a diferença entre os três registros, evidenciando-se a sua descontinuidade – são
desenlaçados por princípio, não há relação
a priori
entre eles, tanto quanto não
há relação entre homem e mulher. (…) O que fará o enlace será o quarto laço –
o
Sinthoma
– marca específica do sujeito. Portanto, haverá tantos nós de quatro
quanto forem os sujeitos aí implicados, já que para Lacan não só a experiência
analítica se estrutura borromeanamente como toda a experiência humana.”
p. 140
Santiago, Ana Lydia –
Do amor pelo pai ao feminino
. In: Opção
Lacaniana Nº65 – Revista Brasileira Internacional de Psicanálise.
Edições Eólia, São Paulo, 2013
“(…) No início dos anos 1960, Lacan observa que aquilo diante do qual o
neurótico recua, não é a angústia de castração mas sim o que falta ao Outro.
Trata-se, pois, de transmutar essa castração em algo positivo, ou seja, em um
significante da falta, S(A/), de que o Outro se furta, para garantir ao sujeito um
destino, para lhe assegurar um universo de significação ou para lhe endossar uma
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