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O CORPO FALANTE

X Congresso da AMP,

Rio de Janeiro 2016

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imagem escrita no real do corpo poderia produzir um efeito de estabilização, de

inscrição no campo do Outro? É uma interrogação: como ela poderia aparecer

com uma função de reparação dos defeitos do nó? Será que o sujeito psicótico,

por exemplo, ao escrever uma letra no real do corpo, poderia, a partir disso, se

estabilizar?

p. 12-13

Bentes, Lenita. As Patologias do Ato. Vermelho Marinho Editor, Rio

de Janeiro, 2014

“(…) Se o esforço de Lacan foi de passar ao plano ôntico, situar o gozo neste

ponto é toma-lo pela via de uma positividade absoluta, que não é da mesma

ordem do positivo do mais-de-gozar. O gozo positivo do sinthoma abre-se

para um mais além da articulação significante, isto é para um regime de gozo

ao nível do ôntico, da coisa que é. Essa nova aliança com o gozo que podemos

depreender nos testemunhos de Passe-indica haver no falasser um impossível de

negativizar. A função da fala não é mais ligada apenas a estrutura da linguagem,

mas a substancia de gozo. As palavras afetam o corpo, de um corpo se goza. Isso

é o falasser.”

p. 68

Bogochvol, Ariel. A manutenção do trabalho analítico: o que impede

uma análise de progredir? In: Psicanálise: a clínica do Real / Jorge

Forbes [editor]; Claudia Riolfi [organizadora], Barueri, SP: Manole,

2014

“(…) Lacan não cessou de inventar termos que permitiam juntar o simbólico e o

Real; falo como significante do gozo, fantasma como articulador entre o sujeito

vazio e seu mais gozar, o sinthoma como uma condensação, uma conjunção

do significante e do gozo. O sentido de seu último ensino, na medida em que

privilegia o Real, inverte toda perspectiva. Os fatos da clínica apontam algo

que é de outra ordem que o magnífico descobrimento freudiano em todo seu

esplendor. Evidenciam o Real enquanto antinômico ao desejo do analista. A

partir da nova perspectiva, percebe-se que se trata de circunscrever o gozo como

princípio real da resistência (MILLER, 2011, p. 109).”

p. 229-230

Brodsky, Graciela. A loucura nossa de cada dia. In: Opção Lacaniana

online nova série Nº12, Ano 4, 2013.Tradução: Nelly Brito, Cristina

Bion, Mingnon Lins, Heloisa Shinabukuro. Revisão: Elisa Monteiro

“(…) Dado que o rechaço do gozo se produz em todos os casos, a questão é: o

que domestica o gozo? Por isso a função do pai é a função do sinthoma, axioma

do último ensino de Lacan, no qual o que importa não é tanto o Nome-do-Pai,

mas o que domestica o gozo.”

Campos, Sérgio de. – Passema: testemunhos de um final de análise.

Belo Horizonte, Scriptum: 2014

“(…) Leonardo Gorostiza propôs uma tradução da fórmula de Miller: “Medir

o verdadeiro com o real” para “Medir o verdadeiro com a vara do real”. Creio

que essa vara é o próprio analista como inconsciente real, resultado de seu fim

de análise. Contudo, não se trata de uma vara reta, mas de uma vara torta. Torto

é o nome do

sinthoma

, pois é aquilo que não se retifica no fim do percurso

de uma análise, tampouco em nenhuma marcenaria. Portanto, testemunhar

a tortuosidade do

sinthoma

faz um que o elemento transmissível no passe seja

menos da ordem de um êxito e mais de um fracasso. Trata-se de um gozo que o

parlêtre

não conseguiu modificar, tampouco ultrapassar no crepúsculo da análise.

O retorcido do

sinthoma

faz com que cada analista seja exclusivo e único, de

sorte que ele jamais se inclui num conjunto de semelhantes. Portanto, se todas

as árvores são tortas numa mata de cerrado, será preciso examinar de perto e

à luz do dia a tortuosidade de cada galho para sabermos distingui-las. Numa

análise, ao girar o sintoma em sinthoma, usa-se a força do adversário em favor

do próprio sujeito. Eis o judô de Lacan.”

p. 77

Garcia, Célio –

Do Sintoma ao Sinthoma

, in:

http://webcache. googleusercontent.com/search?q=cache:wl4Fof47NBQJ:www. escolaletrafreudiana.com.br/UserFiles/110/File/artigos/letra1718/003. pdf+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

“(…) De início, Lacan havia isolado a dimensão do gozo em termos de

fantasma; assim ele pôde opor sintoma à fantasma a partir de traços distintivos.

Como fazer com os pacientes que persistem em seus sintomas? Lacan responde

a esse desafio com a noção de

sinthomeé

formação significante carregada

de gozo, nossa única substância, único suporte do ser, único ponto a dar

consistência ao sujeito graças a que evitamos a loucura. Referido

sinthome

não

cabe interpretá-lo tal como estávamos acostumados a fazê-lo quando se tratava

do que chamávamos sintoma; este

sinthoma

não será atravessado como nos

propúnhamos fazer em se tratando do fantasma.

Que fazer? Identificar-se a ele, foi a resposta

boutade

de Lacan.”

Gonçalves, Nora. A escola Una e a sustentação da diferença. In:

Correio Nº67. Escola Brasileira de Psicanálise, São Paulo, 2010

“(…) Tornar-se analista, autorizar-se de si mesmo supõe que o analista

se torne analisante de sua própria análise e que ele se analise sempre –

independentemente do fato de ele ir ou no de novo ao analista – do ponto

sinthomático

ao qual chegou, aquele ponto mais próximo do real, irredutível, o

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