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O CORPO FALANTE

X Congresso da AMP,

Rio de Janeiro 2016

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mirabolante ficção. Afeiçoado à significação de sua existência, o falante, que goza

do sentido, defende-se do furo constitutivo do Outro. O S(A/), é, portanto, o

significante que delimita esse furo concernente à inexistência da relação sexual.

Representa o gozo; mas, ao fazê-lo, falha, porque o gozo inapreensível tem

relação com o objeto, embora, ao mesmo tempo, se encontre em cisão com

ele, na medida em que o objeto não se deixa absorver pela cadeia significante.

Esse “significante da falta do Outro”, constitui o

sinthoma

, a única demarcação

possível desse gozo inapreensível.”

p. 55-56

Santiago, Jésus -

O engodo viril.

In: Opção Lacaniana Nº68 e Nº69,

Revista Brasileira Internacional de Psicanálise. Ediçòes Eólia, São

Paulo, 2014

“(…) A salvação que se fez pelo intratável da repetição, pressupõe o

esquartejamento como nome que gerou eco de um dizer no corpo que remonta

ao trauma Jesus. Não se tratava, porém, de uma questão concernente a memória,

mas da comemoração de um gozo inesquecível com se defrontou a conclusão

da análise. Efetivou-se, assim, o “há-Um” do gozo, que se extrai do impossível

do sacrifício e se decanta como resto das formas interpretáveis do sintoma.

Ao se confundir com o Um próprio do gozo intratável, esse gozo se reduz no

sinthoma, portanto, ao consentimento de que não se pôde liberar da repetição,

tampouco eliminá-la. Em decorrência do esquartejamento, configurado no

final da experiência, ao visar a causa de o sujeito estar atrapalhado em face da

repetição, extrai-se a fonte de um saber-fazer com o intratável do amor.”

p. 42-43

Sota Fuentes, Maria Josefina. A presença do analista como limite e

o ato sobre o abismo: a salvação pelo furo. In: Correio Nº69. Escola

Brasileira de Psicanálise, São Paulo, 2011

“(…) Se, ao isolar os S1s determinantes de um sujeito por meio da função

do corte, a análise permite nova costura com o real mediante a construção do

sinthoma

, este não poderia ser o produto de um lapso do ato do analista que

descarta a travessia da fantasia e recua diante do salto sobre o furo, ali onde

se revela o essencial; o saber que não há no real e que, finalmente, resta como

abertura necessária à contingência.”

p. 64-65

Souto, Simone. A formação do analista no século XXI. In: Correio

Nº70. Escola Brasileira de Psicanálise, São Paulo, 2011

“(…) O discurso, uma vez livre da existência da relação sexual ou, melhor

dizendo, da tentativa de fazer a relação existir por meio da fantasia, desnuda-se

na simples conjunção do Um e do corpo. Portanto, a constatação da existência

do Um acontece como consequência da constatação da inexistência do Outro,

da inexistência da relação sexual. O espaço do ultrapasse é, então, ordenado,

como demonstra Miller, por “um existe e um não existe”: o que não existe tem a

ver com o Outro e o que existe tem a ver com o

sinthoma

.”

p. 23

Viganò, Carlo. Novos enovelamentos do simbólico. In: Correio Nº70.

Escola Brasileira de Psicanálise, São Paulo, 2011

“(…) O significante, nesse paradigma do

sinthoma

, opera uma espécie de

enlaçamento com o imaginário, somatiza-se, para condensar gozo. A estrutura

desse laço foi escrita por Lacan em referencia ao nó borromeano, no qual

o significante não tem mais o primado de ordenador linguístico, mas pode

contribuir para orientar o real que “não tem ordem”, quanto a se gerar, junto

com o

sinthoma

, um verdadeiro furo.”

p. 39

Veras, Marcelo. A nova ordem simbólica do século XXI, mais além do

Anti-Édipo. In: Correio Nº67. Escola Brasileira de Psicanálise, São

Paulo, 2010

“(…) Quando nos apoiamos no seminário sobre o

sinthoma

, percebemos que

o Nome-do-Pai, tal como é apresentado no Seminário 3, traduzia a epopeia da

crença humana de que há sentido no real. Isso implica um forçamento, digamos,

uma invenção, que procura, apagar a constatação lacaniana dos anos 70 de que

real e sentido se excluem.”

p. 50

Vieira, Marcus André. ​O Corpo Falante: Sobre o Inconsciente no

Século XXI- Apresentação ao X Congresso da Associação Mundial de

Psicanalise. 2015. In: Site do X Congresso da Associação Mundial de

Psicanálise: O corpo falante: sobre o inconsciente no Século XXI

“(…) Deste ponto de vista, a moça do cartaz só tem corpo porque o

sinthoma,

esta incidência inaugural da linguagem sobre o vivente, faz-se fala e que esta

fala se entrecruza com outras compondo o mosaico linguageiro que dá a seu

usuário uma miragem de unidade. É por falar, portanto, que ela pode ter um

corpo, e mais: acreditar ser um. Disto deriva o termo proposto por Lacan nestes

seminários

, falasser.”

Zbrun, Mirta. A formação do analista de Freud a Lacan. Petrópolis,

1ª Edição. POD. KBR. Petrópolis. 2014

“(…) há uma outra perspectiva que me interessa apresentar, para poder

demonstrar a validade do fim da análise como identificação ao

sinthoma,

e que

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