

O CORPO FALANTE
X Congresso da AMP,
Rio de Janeiro 2016
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encontrado no pintor Bacon, ao pintar cabeças como uma «carne assustadora»,
assim como a análise que Deleuze fez delas em
Pintura e sensação
, quer dizer o
real do corpo privado da imagem narcísica.”
p. 33
Freitas de Macedo, Luciola. O testemunho do trauma: entre o sujeito,
o Outro…e o objeto. In: Arquivos da Biblioteca 11 – Escola Brasileira
de Psicanálise, Rio de Janeiro, 2015
“(…) O trauma como acontecimento encontrará suas raízes naquilo que
repercute do choque de um significante com o corpo, num acontecimento de
corpo. É também ese instante, o instante desse choque, e do mais absoluto
desamparo que dele advém, que é possível localizar no recurso de Primo Levi
ao poema. Levi parecía intuir que desse encontro contingente e, às vezes,
fulminante não se poderia escrever senão seu rastro, a se alastrar pelo corpo,
como um
rash
cutáneo, uma infecção viral.”
p. 161-162
Forbes, Jorge Indo para o Rio com os novos desafios do real. In:
Papers 2. Site do X Congresso da AMP O corpo falante: sobre o
inconsciente no século XXI, 2015
“(…) O passe que se conclui – ou não – quando o relato vem a público, como
se refere Miller – sempre no mesmo texto – se concluiria em público porque a
extimidade
do corpo falante se faz e ganha sentido por intermédio do confronto
com os outros?”
Garcia Fernandez Hanna, Maria Silvia. Sinthoma e Psicose. In: Latusa
Nº10. Escola Brasileira de Psicanálise- Rio de Janeiro, 2005
“(…) Ter um corpo implica poder usá-lo como instrumento. Mais ainda, ter um
corpo depende de uma amarração dos três registros real, simbólico e imaginário.
Em outras palabras, o corpo resulta de um nó borromeano.”
p. 214
Gurgel, Iordan. O imaginário é o corpo In: Correio Nº77 Revista da
Escola Brasileira de Psicanálise. O corpo falante. Analisar o parlêtre,
São Paulo, 2015
“(…) A idéia do corpo vazio e da pulsão no corpo como o eco do fato de que há
um dizer nos traz a noção de que algo repercute no corpo. Se assim acontece é
porque há um oco, tem um vazio que permite a ressonância…”
p. 50
Horne, Bernardino. O que existe ao não ser. In: Papers 1. Site do X
Congresso da AMP: O corpo falante: sobre o inconsciente no século
XXI, 2015
“(…) É no instante da encarnação que o corpo do ser humano se faz um corpo
falante, e o faz pela incorporação do significante.
Em
… Ou pior
, Lacan (1971-1972/2012) abre o Capítulo do Uniano e afirma
que o que está em jogo é: “O que só existe ao não ser”. Assim inaugura um
campo de puro gozo, porque o significante não é significante, deixa de ser e
somente existe. No entanto, podemos dizer que o significante que não é, há,
existe. Ele o faz na forma de gozo-corpo. Trata-se de um momento anterior
ao gozo propriamente dito de alíngua, que é o gozo do Um sozinho. O S1 da
encarnação, do acontecimento de corpo, não é significante. Materializa-se no
corpo e, assim sendo, é gozo. Ao mesmo tempo, ao existir e materializar-se
(MILLER, 1998-1999/2003), ao se tornar corpo o afeta e, desse modo, o corpo
é gozo e o corpo é significante. Esse momento, que Miller chamou encarnação,
configura o
Troumatisme
original.”
p. 64
“(…) No
troumatismo
apresenta-se, no mesmo instante, a negatividade absoluta,
ou seja, a morte e a vida, o gozo, de sinal positivo. Convive a experiência do
desamparo total que no discurso aparece como ser Nada que ou cai no vazio
infinito sugado pelo redemoinho sem fim, ou o S1 consegue injetar-se na
matéria, incorporar-se. Nesse momento Significante e objeto são Um. Só depois
cada um terá seu lugar. A experiência negativa, de morte, convive no tempo com
a experiência de produção de vida, como gozo de signo (+) Positivo.”
p. 64
Naparstek, Fabián. “Da Bússola ao GPS Entre os Sexos”. In: Textos
de Orientação. Site X Congresso da AMP: O corpo falante: sobre
o inconsciente no século XXI. 2015. Tradução: Mª Cristina Maia
Fernandes; Revisão: Pablo Sauce
“(…) Lacan, por sua vez, quando aborda a época atual, dá conta de que “os
objetos
a
se metem por todos os lados, isolados, sozinhos e sempre prontos a
surpreendê-los no primeiro encontro” [Cf.“Pequeno discurso aos psiquiatras”,
1968, inédito]. Sublinho aqui, a indicação de que ditos objetos
a
se encontram
isolados e sozinhos. Quer dizer, sem a ligação fixa que supõe o fantasma de cada
um.”
Seldes, Ricardo. Gozo da palavra, gozo do corpo. In: Papers 1: Site
do X Congresso da AMP: O corpo falante: sobre o inconsciente no
século XXI. 2015. Tradução: Mª Cristina Maia de O. Fernandes;
Revisão: Paola Salinas
“(…) Com Freud e com Lacan, advertimos que quando desembocamos na
indagação sobre o corpo, chegamos à noção de satisfação. O homem tem um
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