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Editorial Boletim Mnemis #04
Tiago Barbosa
Integrante da Comissão de Boletim das V Jornadas da EBP-SLO.
Estamos a pouco mais de um mês para nos encontrarmos nas V Jornadas da EBP – Seção Leste-Oeste: CORPO, M-E-M-Ó-R-I-A. Marco que contribui para dar corpo à psicanálise e ao saber psicanalítico daqueles que se implicam em seu pilar de sustentação referente ao ensino.
Nesta direção, Marina Recalde (EOL/AMP) nos brinda com um “aperitivo” de suas reflexões sobre o tema dessas Jornadas, sobre os traços que formam a memória e essa condição fragmentária. E destaca isso dos autores Frederich Nietzsche e Jorge Luís Borges, em suas digressões sobre a memória e os processos do esquecimento.
Na sequência desta aba, encontraremos o texto de Caroline Quixabeira, participante da Nova Política da Juventude da Escola, que nos propõe trabalharmos pela formação de um saber, de maneira contingente a cada um dos praticantes, mediados pelo encontro dos nossos corpos, engajados no pensar e trocar e, ao mesmo tempo, entregues aos nossos processos pessoais de análise.
Trabalhos como esses nos incitam a reiterar nossos estudos sobre os traços de memória inscritos no corpo, que constituem suas formações inconscientes, e sobre a relação entre os significantes e os discursos dos falasseres.
Ao longo deste Boletim e no fio dessas Jornadas, também teremos outras ligações entre arte e psicanálise, com a reprodução de duas entrevistas sobre o fazer artístico. Fabíola Menezes, artista plástica pela UFES e pesquisadora em plastinação, concentra suas produções entre o desenho e a pintura de corpos e figuras anatômicas, regida pelas ideias do autor e filósofo Roland Barthes.
Na sequência, Rosana Paste, doutora pela UFES com tese intitulada “Artista-professora: cartografia e processo”, direciona o nosso olhar para a importância dos traços de memória das primeiras percepções do mundo, que somados a outros traços marcam o corpo e formam cadeias significantes que representam a realidade psíquica de um falasser.
Animados pelo desejo e pela renovação constante do corpo psicanalítico a qual a Nova Política da Juventude acena, podemos incrementar nosso arcabouço dialético com mais uma proposta literária destacada pela Comissão de Livraria, com títulos que vão desde o bordamento entre o sujeito e o Outro, a um novo tipo subjetividade, uma nova organização dos corpos, no mundo contemporâneo, além de uma revisão do percurso da psicanálise até os tempos atuais.
Boa leitura! Nos vemos em breve!