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A carta (Manoel de Oliveira, 1999)

Por Regina Cheli Prati – Comissão de Boletim

Manoel de Oliveira, cineasta português, trouxe para o cinema uma adaptação atualizada do romance A princesa de Clèves (1678) de Madame de La Fayette. Neste filme Catherine de Chartres é uma jovem linda que sofreu uma desilusão amorosa e que se casa sem amar com Louis de Clèves um médico atencioso que a ama imensamente. Após o casamento, Catherine se apaixona pelo cantor Pedro Abrunhosa e é correspondida. Educada para serforte e para não macular sua reputação, Catherine se mantem distante de Pedro, mas confessa seu amor a uma amiga. Desobrigada da fidelidade pela morte do marido, o âmago da história se dá pela maneira que a personagem escolhe para explicar à amiga a decisão que tomou. Isso nos remete ao que disse Stevens (2007) a respeito do amor cortês como a invenção de um laço além do erótico que representa o impossível do laço sexual com o objeto,ou seja, a relação sexual que não existe. O filme recebeu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1999.


Assista em:

https://www.youtube.com/watch?v=6sxeIcZj6jY&t=2504s


Referência
Stevens, Alexandre. Amor e Nome-Do-Pai. In: Opção Lacaniana, n° 50, dezembro de 2007, São Paulo, p. 48-51.
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