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BIBLIOGRAFIA

Comissão de Bibliografia das V Jornadas da EBP-SLO.

A Comissão de Bibliografia na sua função precursora e seu compromisso de levantamento e indicação de produções teóricas que contemplem articulações referentes ao tema Corpo, M-E-M-Ó-R-I-A, apresenta nesta edição do MNEMIS, fragmentos textuais recolhidos de trabalhos publicados da nossa convidada especial, Marina Recalde, e na sequência, o leitor também poderá acessar fragmentos de diversas outras obras e autores já indicados.   

FRAGMENTOS AUTORAIS

Marina Recalde (EOL/AMP).

FRAGMENTOS ALEATÓRIOS

O que é o corpo falante? … Lacan propõe um nome novo para o inconsciente… Se trata do falasser que substitui o inconsciente. Como vocês sabem, o sintoma como formação do inconsciente estruturado como linguagem é uma metáfora, um efeito de sentido induzido pela substituição de um significante por outro. Em contrapartida, o sinthoma de um falasser é um acontecimento de corpo, uma emergência de gozo”.
(MILLER, J-A. Scilicet: o inconsciente e o corpo falante).


A reminiscência é distinta da rememoração. As duas funções são distinguidas em Freud, porque ele tinha o senso das distinções.
(…..) O que Lacan se pergunta: temos uma memória?
(Lacan, J. Seminário 23)


“A literatura e a psicanálise permitem abordar a memória e a lembrança afastando-se da categoria do tempo. Sigamos Miller quando ele põe a trabalho a assonância, ou seja, a materialidade sonora sem a tirania do sentido para então descobrir, os novos laços que se impõe como guia”
(BROUSSE, M-H. Traços e marcas).


“A essência da arte é a de estetizar o dejeto, de idealizá-lo, ou como dizemos em psicanálise, de sublimá-lo. Lembrem-se da definição que Lacan dava da sublimação: elevar o objeto, o objeto “a” –diante dessa assembleia, não vou redefini-lo – elevar o objeto à dignidade de Coisa… O que Lacan visa como a Coisa é o gozo idealizado, limpo, vazio, reduzido à falta, reduzido à castração, reduzido à ausência da relação sexual. Quando o gozo é elevado à dignidade de Coisa, ou seja, quando ele não é rebaixado a indignidade do dejeto, ele é sublimado, ou seja, socializado. O que chamamos “sublimação” efetua uma socialização do gozo. O gozo é socializado, quer dizer, integrado ao laço social, ao circuito das trocas. Ele é colocado a trabalho no discurso do Outro e para o seu gozo. É por essa via que, nesta manhã, percebi a sublimação como o meio por onde o gozo, forçosamente autista, do Um, entrelaça-se com o discurso do Outro e vem se inscrever no laço social.”
(MILLER, J-A. A salvação pelos dejetos).


O corpo falante, como lugar de lalíngua, não se apresenta como vivência, mas como evento, um acontecimento de corpo.
(MILLER, J-A. Scilicet).


“Os traços são produzidos pela efração do real pulsional, quando este permanece apartado de uma nomeação… as marcas, ao contrário, implicam um sistema de triagem, de distinção. Elas produzem a diferenciação e requerem o binário s1-s2, de forma que o sujeito seja representado por um significante para um significante.
A falta-a-ser está, portanto, implicada na estrutura do sujeito.
As marcas funcionam segundo uma estrutura… é a história que o falasser se conta e que o conta. São suas lembranças… a falta-a-ser é a condição do esquecimento e, consequentemente, a matriz da lembrança… a memória pertence ao corpo vivo, ela está aqui e agora, num presente que se impõe por flashes que não se pode prever”.
(BROUSSE, M-H. Traços e marcas).

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