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Boletim amurados #008

#08

EDITORIAL

Por Rosangela Ribeiro

Coléricos! Passionais!

Assim, nós latinos somos nomeados por aqueles que estão de fora, que são estrangeiros ao nosso modo de vivenciar os afetos. A tragédia em Romeu e Julieta não trata do amor: Romeu inicia essa obra shakespeariana apaixonado por Rosalina. Ele vai a uma festa na casa dos Capuleto…

TEXTOS

Erotomania: Um modo de amor feminino

Por Frederico Feu de Carvalho (EBP/AMP)

A erotomania é uma exigência pulsional derivada do postulado erotômano, isolado por De Clérambault, de que o Outro me ama. Pode ser tomada como um delírio de interpretação a partir de um signo de amor supostamente emitido pelo Outro. Em termos lacanianos, o postulado erotômano descreve o fato de estrutura fundamental do ser falante que podemos resumir como “a hipótese do Outro”…

O amor nos tempos do cólera

Por Adriana Pessoa, Simone Vieira, Waléria Paixão – Comissão amurados

O livro O Amor nos tempos do cólera começou ser escrito em 1984, em Cartagena de las Índias, ao final do ano sabático em que o autor Gabriel García Márquez se concedeu após receber o Prêmio Nobel de Literatura. Trata-se da história real dos pais do autor, que foi a fonte de inspiração para sua escrita. O romance se passa num contexto latino-americano do século XIX, recheado de contradições e desigualdades…

ACONTECEU EM TEMPOS DE PESTE

Por Regina Cheli Prati – Comissão amurados

Existem muitas semelhanças entre o que aconteceu na epidemia de gripe espanhola no início do século passado (1918-1919) e o que estamos vivendo na pandemia de COVID-19 (2019 – ).

A globalização e os meios de transporte, em especial o aéreo, fizeram com que o Sars-CoV-2 – um novo coronavírus surgido em Wuhan, na China, em dezembro de 2019 – chegasse, em poucos meses, ao restante do mundo…

LABIRINTOS

JOÃO, EUGÈNE, JOSÉ e JACQUES e outras pandemias

Por Simone Vieira e Regina Cheli Prati – Comissão amurados

O tema do nosso último boletim O amor no tempo das cóleras e outras pandemias trouxe à lembrança quatro personalidades geniais e suas poéticas, que mostram que estamos sujeitos a diferentes contágios pandêmicos, além da terrível COVID-19 que há quase dois anos nos impõe distanciamentos, perdas materiais, perda das liberdades e, principalmente, perdas de vidas. Cada um destes gênios nos apresenta com seu estilo, um cenário onde o real insiste, resiste, persiste, trazendo em seu bojo nefastas conseqüências sociais, políticas, econômicas e pessoais. O primeiro deles é João, João Guimarães Rosa, com o conto Sarapalha, que encontramos no livro Sagarana, que em 1938 teve sua primeira publicação. Em Sarapalha “Quem foi s’embora foram os moradores: os primeiros para o cemitério, os outros por aí a fora, por esse mundo de Deus…”. Toda região virou uma cidade fantasma por conta de um mosquito “…que era o mosquito que punha um bichinho amaldiçoado no sangue da gente… Ninguém não acreditou…”.

AGRADECIMENTOS

Criação:Waléria Paixão

A comissão do Boletim amurados encerra suas atividades com este número, agradecendo aos autores que contribuíram com seus textos para publicação em nosso Boletim; à coordenadora geral das II Jornadas, Ruskaya Maia, e ao Diretor Geral da EBP-LO, Rômulo Ferreira da Silva, pelo apoio e disponibilidade junto à comissão. Agradecemos, ainda, à equipe do site da Escola, Gabriela e Bruno, no trabalho de publicação dos mesmos e orientações.

Obrigada também aos membros da comissão pela dedicação e empenho na elaboração e montagem dos Boletins. Foram muitas produções, whatsapps, reuniões online. Muitos acertos, muitos equívocos, além da oportunidade de conhecer novos colegas!

Adriana Pessoa – Coordenadora da comissão de Boletim
amurados – Boletim Eletrônico das II Jornadas da Escola Brasileira de Psicanálise – Seção Leste-oeste
Comissão amurados: Adriana Gomes Pessoa (coordenadora),  André Luiz Pacheco da Silva,
Regina Cheli Prati, Rosangela Ribeiro, Simone Vieira, Victor Caetano Pereira Rocha e Waléria Paixão.
Designer: Bruno Senna – sennabruno@gmail.com
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