

O CORPO FALANTE
X Congresso da AMP,
Rio de Janeiro 2016
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que, posteriormente, à medida que fica mais forte, o eu pode tornar-se mais
resistente às influências de tais identificações.”
p. 64
FREUD, Sigmund (1925 – 1926). Inibições, sintomas e ansiedade
(1926 [1925]). In: _____.
Um estudo autobiográfico inibições,
sintomas e ansiedade, a questão da análise leiga e outros trabalhos
.
Rio de Janeiro: Imago Editora, 1976. (Edição Standard Brasileira das
Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 20)
“Estávamos justificados, penso eu, em separar o eu do isso, pois há certas
considerações que necessitam dessa medida. Por outro lado, o eu é idêntico ao
isso, sendo apenas uma parte especialmente diferenciada do mesmo.”
p. 119
“Na repressão, o fato decisivo é que o eu é uma organização e o isso não. O eu
é, na realidade, a parte organizada do isso. Estaríamos inteiramente errados se
figurássemos o eu e o isso como dois campos opostos e se supuséssemos que,
quando o eu tenta suprimir uma parte do isso por meio de repressão, o restante
do isso vai em socorro da parte que se acha em perigo e mede sua força com o
eu.”
p. 119
FREUD, Sigmund (1932 – 1936). Novas conferências introdutórias
sobre psicanálise (1933 [1932]). Conferência XXXI: a dissecção da
personalidade psíquica. In: _____.
Novas conferências introdutórias
sobre psicanálise e outros trabalhos
. Rio de Janeiro: Imago Editora,
1996. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas
de Sigmund Freud, v. 22)
“Pode-se esperar que a própria situação em que nos encontramos no início de
nossa investigação nos aponte o caminho. Queremos transformar o eu, o nosso
próprio eu, em tema de investigação. Mas isto é possível? Afinal, o eu é, em sua
própria essência, sujeito; como pode ser transformado em objeto? Bem, não há
dúvida de que pode sê-lo. O eu pode tomar–se a si próprio como objeto, pode
tratar-se como trata outros objetos, pode observar-se, criticar-se, sabe-se lá o que
pode fazer consigo mesmo.”
p. 64
Isso
FREUD, Sigmund (1923) O ego e o Id. In: _____.
O ego e o id e
outros trabalhos
. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1996. (Edição
Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund
Freud, v. 19)
“A questão é a seguinte: qual foi –o eu do homem primitivo ou o seu isso– que
adquiriu a religião e a moralidade, naqueles dias primevos, a partir do complexo
paterno? Se foi o eu, porque não falamos simplesmente que essa coisas foram
herdadas pelo eu? Se foi o isso, como é que isso concorda com o caráter do isso?
Ou estaremos errados em fazer remontar a diferenciação entre eu, supereu e isso
esses tempos remotos? Não deveríamos honestamente confessar que toda a nossa
concepção dos processos do eu não nos ajuda a compreender a filogênese e não
lhe pode ser aplicada?
Respondamos primeiro ao que é mais fácil de responder. A diferenciação entre
eu e isso deve ser atribuída não apenas ao homem primitivo, mas até mesmo a
organismos muito mais simples, pois ela é expressão inevitável da influência do
mundo externo.”
p. 53
Sigmund Freud