

O CORPO FALANTE
X Congresso da AMP,
Rio de Janeiro 2016
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LACAN, Jacques. O aturdito (1972). In: ______.
Outros Escritos
. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Tradução: Vera Ribeiro; versão final
Angelina Harari .e Marcus André Vieira
“Pois convém dizê-lo, o inconsciente é um fato, na medida em que se sustenta
no próprio discurso que o estabelece, …”
p. 479
LACAN, Jacques. Considerações sobre a histeria (1977).
Opção
Lacaniana
, São Paulo, n. 50, p. 17–22, dez. 2007. Tradução: Manoel
Barros da Motta
“… O inconsciente se origina no fato de que a histérica não sabe o que diz,
quando de qualquer maneira ela diz alguma coisa com as palavras que lhe
faltam. O inconsciente é um sedimento de linguagem.”
p. 17
“A idiea de representação inconsciente é uma ideia totalmente vazia. Freud
escorregava inteiramente ao lado do inconsciente.”
p. 19
“O inconsciente, eu proponho dar-lhe outro corpo, porque é pensável que
se pense as coisas sem pesá-las, bastam aí as palavras. As palavras fazem
corpo… É isto o inconsciente: somos guiados por palavras das quais nada
compreendemos.”
p. 19-20
II /c. O corpo falante
II /c.1 Os Seminários
Objeto, Economía libidinal, Gozo
LACAN, Jacques.
O seminário: a ética da psicanálise
, livro 7 (1959 –
1960). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. Tradução: Antônio Quinet
“Freud escreve o O mal-estar na civilização para dizer-nos que tudo o que se
passa do gozo à interdição vai no sentido de um reforço sempre crescente de
interdição. Todo aquele que se aplica em submeter-se à lei moral sempre vê
reforçarem as exigências, sempre mais minuciosas, mais cruéis de seu super-eu.”
p. 216
“É nesse ponto que chegamos à fórmula de que uma transgressão é necessária
para aceder a esse gozo, e que… é muito precisamente para isso que serve a lei. A
transgressão no sentido do gozo só se efetiva apoiando-se no princípio contrário,
sob as formas da lei.”
p. 217
“Como em Sade, a noção da pulsão de morte (de Freud) é uma sublimação
criacionista, ligada a esse elemento estrutural que faz que, desde que lidamos
com o que quer que seja no mundo, se apresenta sob a forma da cadeia
significante, haja a uma certa altura, mas certamente fora do mundo da
natureza, o para além dessa cadeia, o
ex-nihilo
sobre o qual ela se funda e se
articula como tal.”
p. 260
Corpo, Imagen, Orgão, Objeto a
LACAN, Jacques.
O seminário: a ética da psicanálise
, livro 7 (1959 –
1960). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. Tradução: Antônio Quinet
“Ainda no tempo de Kant o que nos é apresentado como o limite das
posibilidades do belo, como o ideale
erscheinem
, é a forma do corpo humano.
Ela foi, porque não é mais, forma divina. Ela é o envoltorio de todas as fantasias
possíveis do desejo humano, as flores do desejo estão contidas nesse vaso do qual
tentamos fixar as paredes.”
p. 357
“É o que leva a establecer a forma do corpo, e muito precisamente a imagen, tal
como já articulei aquí na função do narcisismo, como o que representa, numa
certa relação, a relação do homem com a sua segunda morte, o significante de
seu desejo, seu desejo visível.”
p. 357
“É o que leva a estabelecer a forma do corpo, e muito precisamente a imagem,
tal como já articulei aqui na função do narcisismo, como o que representa,
numa certa relação, a relação do homem com a sua segunda morte, o
significante de seu desejo, desejo do visível.”
p. 357
LACAN, Jacques.
O seminário: os quatro conceitos fundamentais
da psicanálise
, livro 11 (1964). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.
Tradução: M. D. Magno
“Desde quando, por exemplo, a função do órgão, e logo de saída sua simples
presença, apareceram na linhagem do vivo? A relação do sujeito com o órgão
está no coração de nossa experiência. Entre todos os órgãos com que lidamos, o
seio, as fezes, e outros ainda, há o olho, e é surpreendente ver que ele remonta a
muito longe nas espécies que representam o aparecimento da vida.”
p. 90
“Em outros termos, trata-se de colocar agora a questão do que é o olho como
órgão…Tudo que está no organismo como órgão se apresenta sempre com uma
grande multiplicidade de funções.”
p. 99
“O objeto
a
é algo de que o sujeito, para se constituir, se separou como órgão.
Isso vale como símbolo da falta, quer dizer, do falo, não como tal, mas fazendo
Jacques Lacan