

O CORPO FALANTE
X Congresso da AMP,
Rio de Janeiro 2016
305
304
sintoma grafado [
ptypé
].”
p. 563
“(…) Deixemos o sintoma no que ele é: um evento corporal, ligado a que: a
gente o tem, a gente tem ares de, a gente areja a partir do a gente o tem! Isso
pode até ser cantado, e Joyce não se priva de fazê-lo.”
p. 565
II /e. O escabelo
II /e.1 Os Seminários
Sublimação/ Escabelo
LACAN, Jacques.
O seminário: a ética da psicanálise
, livro 7 (1959 –
1960). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. Tradução: Antônio Quinet
“Para guiar–nos temos a teoria freudiana dos fundamentos narcísicos do objeto,
de sua inserção no registro imaginário –uma vez que o objeto que lhe interessa
por ser mais ou menos sua imagem, seu reflexo– esse objeto, precisamente, não
é coisa, na medida em que ela está no âmago da economia libidinal. É a formula
mais geral, que lhes dou da sublimação é esta, ela eleva um objeto à dignidade da
coisa.”
p. 141
“Essa coisa, da qual todas as formas criadas pelo homem são do registro da
sublimação, será sempre representada por um vazio, precisamente pelo fato
de ela não poder ser representada por outra coisa… Mas, em toda forma de
sublimação o vazio será determinante.”
p. 162
“Estou dizendo, portanto, que o interesse pela anamorfose é descrito como o
ponto de virada em que, dessa ilusão do espaço, o artista reverte completamente
sua utilização e se esforça para fazê-la entrar na meta primitiva, ou seja, de fazer
dela o suporte dessa realidade enquanto escondida –uma vez que, de uma certa
maneira, numa obra de arte trata-se sempre de cingir a Coisa.”
p. 175
LACAN, Jacques. Anexos: Joyce, o sintoma. In: ______.
O seminário:
o sinthoma
, livro 23 (1975 – 1976). Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2007. Tradução: Sergio Laia
“Seria preciso continuar esse questionamento da obra maior e última, da obra
para a qual, em suma, Joyce reservou a função de ser seu escabelo.”
p. 161
II /e.2 Outros Escritos
LACAN, Jacques. Joyce, o sinthoma (1979). In: ______.
Outros
Escritos
. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Tradução: Vera Ribeiro;
versão final Angelina Harari e Marcus André Vieira
“(…) UOM
[LOM]:
em francês, isso diz exatamente o que quer dizer. Basta
escrevê-lo foneticamente, o que lhe da uma faunética (com
faun…) à
sua altura:
o elobsceno
[eaubscène].
Escrevam isso com e
lob …
para lembrar que o belo
não é outra coisa. Helessecrêbelo, a ser escrito como o hescabelo, sem o qual
naohaum que seja doidigno dunome diomem. UOM seumaniza
[lomellise]
à
larga. Envolva-se, dizem, é preciso fazê-lo: porque, sem se envolver, não há
hescabelo.”
p. 560
“(…) O S.K.belo é aquilo que é condicionado no homem pelo fato de que ele
vive do ser (= esvazia o ser) enquanto tem … seu corpo: só tem, aliás, a partir
disso. Daí minha expressão falasser
[parlêtre]
que virá substituir o ICS de Freud
(inconsciente, é assim que se lê): saia daí então, que eu quero ficar aí.”
p. 560
“(…) Ter havido um homem que pensou em circunscrever essa reserva e dar
a fórmula geral do escabelo, e a isso que chamo Joyce, o Sintoma. E que essa
formula, ele não a descobriu, por não ter dela a menor suspeita. Mas ela já
andava por toda parte, sob a forma do ICS que destaco com o falasser.”
p. 564
“(…) Joyce é o primeiro a saber escabelotar
[escaboter]
bem, por ter levado o
escabelo ao grau de consistência lógica em que o mantém, orgulhartosamente
[artgueilleusemnt],
como acabo de dizer.”
p. 565
Jacques Lacan