

O CORPO FALANTE
X Congresso da AMP,
Rio de Janeiro 2016
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consideração apenas um órgão genital, ou seja o masculino. O que está presente,
portanto, não é uma primazia dos órgãos genitais, mas uma primazia do falo.”
p. 181
“A falta de um pênis é vista como resultado da castração e, agora, a criança se
defronta com a tarefa de chegar a um acordo com a castração em relação a si
própria.”
p. 182
FREUD, Sigmund (1914 – 1916). Sobre o narcisismo: uma
introdução (1915). In: _____.
A história do movimento psicanalítico,
artigos sobre metapsicologia e outros trabalhos
. Rio de Janeiro: Imago
Editora, 1980 (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas
Completas de Sigmund Freud, v. 14)
“Assim, formamos a ideia de que há uma catexia libidinal original do eu, parte
da qual é posteriormente transmitida ao objetos, mas que fundamentalmente
persiste e está relacionada com as catexias objetais…”
p. 92
“… estamos destinados a supor que uma unidade comparável ao eu não
pode existir no individuo desde o começo, o eu tem que ser desenvolvido.
Os instintos auto-eróticos, contudo, ali se encontram desde o início, sendo,
portanto, necessário que algo seja adicionado ao autoerotismo –uma nova ação
psíquica– a fim de provocar o narcisismo.”
p. 93
“A hipocondria, da mesma forma que a doença orgânica, manifesta-se em
sensações corpóreas aflitivas e penosas, tendo sobre a distribuição da libido o
mesmo efeito que a doença orgânica. O hipocondríaco retira tanto o interesse
quanto a libido… dos objetos, do mundo externo, concentrando ambos no
órgão que lhe prende a atenção.”
p. 99
“Podemos decidir considerar a erogenicidade como uma caraterística geral de
todos os órgãos e, então, podemos falar de uma aumento ou diminuição dela
numa parte especifica do corpo.”
p. 100
“Somos naturalmente levados a examinar a relação entre essa formação de um
ideal e a sublimação. A sublimação é um processo que diz respeito à libido
objetal e consiste no fato de a pulsão se dirigir no sentido de uma finalidade
diferente e afastada da finalidade sexual… A idealização é um processo que diz
respeito ao objeto; por ela, esse objeto, sem qualquer alteração em sua natureza,
é engrandecido e exaltado na mente do individuo.”
p. 111
“A idealização é possível tanto na esfera da libido do eu quanto na da libido
objetal. Por exemplo, a supervalorização sexual de um objeto é uma idealização
do mesmo. Na medida em que a sublimação descreve algo que tem a ver com a
pulsão e a idealização, algo que tem a ver com o objeto, os dois conceitos deve
ser distinguidos um do outro.”
p. 111
“É verdade que o ideal do eu exige tal sublimação, mas não pode fortalecê–la; a
sublimação continua a ser uma processo especial que pode ser estimulado pelo
ideal, mas cuja execução é inteiramente independente de tal estímulo.”
p. 112
“… a formação de um ideal aumenta as exigências do eu, constituindo o fator
mais poderoso a favor da repressão, a sublimação é uma saída, uma maneira pela
qual essas exigências podem ser atendidas sem envolver repressão.”
p. 112
I /c. Recalque primário, Pulsão, Fixação,
Síntoma, Inibição
Recalque Primário
FREUD, Sigmund (1914 – 1916). Recalque (1915). In: _____.
A
história do movimento psicanalítico, artigos sobre metapsicologia
e outros trabalhos
. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1976 (Edição
Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund
Freud, v. 14)
“Temos motivos suficientes para supor que existe um
recalque primitivo
,
uma primera fase do recalque que consiste em negar entrada no consciente
representante psíquico (ideacional) da pulsão. Com isso, estabelece–se uma
fixação
; a partir de então, o representante em questão continua inalterado e a a
pulsão ligada a ele. Isso se deve às propriedades dos processos inconscientes, de
que falaremos depois.”
p. 171
FREUD, Sigmund (1917 – 1919). História de uma neurose infantil
(1918 [1914]). In: _____.
Hstória de uma neurose infantil e outros
trabalhos
. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1976 (Edição Standard
Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 17)
“Procederemos, em primeiro lugar, a um estudo das relações entre essa
‘cena primária’ e o sonho do paciente, seus sintomas e a história de sua vida;
investigaremos separadamente os efeitos que se seguiram, do conteúdo essencial
da cena e de uma das suas impressões individuais.”
p. 56
Sigmund Freud