Por Maria Lidia Alencar
Cartel: Criação e Invenção na Polis – Christiane Zeitoune (Mais-um), Maria Lidia Alencar, Breno Homsi, Cyntia Mattar
Minha reflexão, nesse momento do trabalho de cartel, é sobre a sublimação como versão de Pai. Nem sempre criar – o ato de criar – possibilita a um sujeito se situar no campo do Outro, forjando um laço a partir do qual possa evitar o pior, em termos do gozo, em seu percurso de vida. Há sujeitos que tentam uma vida inteira se agarrar, se arrimar através de atos criadores, na literatura, na pintura, na música, e, sem parar de tentar, buscam se ver a partir disso, situar-se a partir desses restos, recolher sua própria imagem como efeito desses gestos. Alguns conseguem, outros dão testemunho de desfechos trágicos, como o que vou tratar aqui. Vou comentar a trajetória de Alexander Mcqueen, estilista londrino, que foi tema de um de nossos encontros dentro do Seminário, ali trazido a propósito de sua linha de ação crítica e mordaz, inventivo, genial e à frente de seu tempo, desvelando com sua obra o cerne do Discurso Capitalista, como proposto por Lacan. O artista, já sabemos, se antecipa…. Continue lendo ““O ‘Bad Boy’ das agulhas””