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A Inteligência psicótica

Ser louco, escrevia há quatro séculos atrás o filósofo Blaise Pascal, é não ser louco da loucura de todo mundo. Ao definir a psicose, em sua conferência na Universidade de Yale, como um exercício do rigor, Lacan entende que essa exigência de rigor responde aos efeitos de suspensão da crença no semblante sobre a qual se organiza a loucura de todo mundo. Dali se explica a ocorrência do que ele nomeia, em A ciência e a verdade, de drama do savant. A ideia é que o psicótico, ao tentar se ligar a uma comunidade de saber, procura localizar as determinações exatas da realidade que essa comunidade estuda, mas sem tolerar nenhuma concessão às prescrições dogmáticas que não se deixam demonstrar. No nível desse enigma indemonstrável ao qual o sujeito neurótico responde com a tela fantasmática que lhe permite enquadrar a realidade, o rigor da psicose perfura a tela e a faz vasar na loucura singular que seu rigor implica. Propomos nesse sentido indagar se a psicose, ao interpelar a crença que a debilidade mental da neurose sustenta como uma pergunta que não deve ser feita, não estaria pondo a perder o pouco de realidade que nos mantém alienados na loucura de todo mundo.

  • Datas:
    • Março:13
    • Abril: 24
    • Maio:15
    • Junho:26
  • Horário: 20:30
    Local: EBP-MG
  • Endereço: Av. Afonso Pena 2770. Salas 201-207
  • Atividade presencial
  • Não requer inscrição prévia
  • Gratuita
  • 00

    dias

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    horas

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Data

jun 26 2024

Tempo

20:30 - 22:00

Localização

Sede EBP Minas Gerais
Sede Seção Minas Gerais
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