Comentários de citações sobre o silêncio
Comentário de uma referência em Lacan sobre o silêncio Luiza Sarno […] É o que a experiência nos ensina a qualificar de agressividade, e que nos levou cada vez mais a levar em consideração o que podemos chamar de anseio de morte. […] o que motiva a anulação, o isolamento, todas as defesas – e, muito primordialmente nos obsessivos graves, aquele silêncio, frequentemente muito prolongado, que às vezes vocês têm a maior dificuldade do mundo para vencer no correr de uma análise.[1] Do dizer a Um dizer Importante convocação do Conselho: falar do silêncio. Esse tema perpassa o processo analítico, sendo o horror de quem começa uma análise: “Se o analista não disser nada?”. Entretanto, é em torno desse nada que muitas coisas podem ser elaboradas. Acolher o silêncio e buscar apreender o que dele pode ser tomado como um dizer, não vai sem o desejo do analista. O silêncio da Escola, assim como o silêncio inerente ao gozo, vai mobilizar o discurso do analista, tendo no seu horizonte a perspectiva da assunção desse ponto de impossibilidade como desejo. Diferente do discurso universitário, que visa transmitir um saber, calando o que não se inscreve na lógica denominada científica, a Escola Una visa preservar o lugar do impossível de se dizer. Esse ponto de silêncio da Escola se refere ao eixo em torno do qual os analistas exercem sua práxis: um não-saber inerente ao discurso que visa ao modo de gozar, Um a Um, do falasser. Entretanto, esse ponto de impossibilidade pode se apresentar como um silêncio sintomático na Escola, paralisando, impondo uma resistência que leva à acomodação, uma defesa do inesperado, enfim, um não saber lidar com as diferenças por buscar O dizer, no lugar de Um dizer. Frente aos impasses da Escola, Miller refere à importância de interpretá-la analiticamente,