Biblioteca
Natureza e cultura: fronteiras e litorais
Diretor de Biblioteca: Gilson Iannini – EBP – AMP
Houve um tempo em que acreditávamos em fronteiras claras e delimitadas entre natureza e cultura. Era o auge do estruturalismo. Claude Lévi-Strauss que, ao que parece, comparava a Baía de Guanabara a uma boca banguela, fundava a estrutura na interdição do incesto. Jacques Lacan embarcou, a seu modo, na aventura estrutural. Não faz muito, fundávamos a oposição instinto X pulsão na oposição entre natureza e cultura. Era a época do inconsciente estruturado como uma linguagem. Impasses clínicos e teóricos levaram a psicanálise a reformular esse cenário, ainda nos anos 1970, em direção a lalangue e aos nós borromeanos. Fomos nos distanciando da etnologia estrutural, com boas razões para isso.
Mas a própria etnologia distanciou-se de algumas premissas lévi-straussianas, em direção ao que conhecemos hoje por perspectivismos. Nesse semestre, vamos nos dedicar a estudar dois livros incontornáveis dessa verdadeira refundação de alguns fundamentos da etnologia: “Escute as feras”, de Nastassja Martin e “A inconstância da alma selvagem”, de Eduardo Viveiros de Castro. Como pensar natureza e cultura hoje?
Setembro
- Data: 05
- Livro: Nastassja Martin, Escute as feras
- Convidados: Anamáris Pinto – EBP/AMP
- Carla Capanema
- Hanna Limujla
- Horário: 20h30
- Local: Auditório EBP-MG
- Endereço: Av. Afonso Pena, 2770.Salas 201- 207
- Atividade presencial
- Não requer inscrição prévia
- Gratuita
Outubro
- Data: 10
- Livro: Viveiros de Castro. Inconstância da alma selvagem. Cap. 8.
- Convidados:
- Alice Serra
- Jésus Santiago – EBP/AMP
- Virginia Carvalho – EBP/AMP
- Horário: 20h30
- Local: Auditório EBP-MG
- Endereço: Av. Afonso Pena, 2770.Salas 201- 207
- Atividade presencial
- Não requer inscrição prévia
- Gratuita