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Referências Eixo 2: O analista frente ao discurso de ódio segregador e a nova lógica coletiva – segunda entrega

Referências Eixo 2: O analista frente ao discurso de ódio segregador e a nova lógica coletiva – segunda entrega

Colaboradores: Lídia Pessoa, Paulo Carvalho

FREUD

 “O ódio, como relação com um objeto, é mais antigo que o amor; ele brota do repúdio primordial do Eu narcísico perante o mundo externo portador de estímulos”.

FREUD, S. As pulsões e seus destinos (1915/2017).   In: Obras incompletas de Sigmund Freud.  Belo Horizonte: Autêntica, 2013: 46

  • “O valor da transitoriedade é o valor da escassez do tempo”.

FREUD, Sigmund. Sobre a transitoriedade (1916{1915}). In: Obras completas de Sigmund Freud, vol. XIV.  Edição Standard brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1996.: 317

  • “As modificações psíquicas que acompanham o processo de civilização são notórias e inequívocas. Consistem num progressivo deslocamento dos fins pulsionais e numa limitação imposta aos impulsos pulsionais.”

FREUD, Sigmund. Por que a guerra? (1933{1932}).  In: Obras completas de Sigmund Freud,vol. XXII. Edição Standard brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1996: 207


LACAN

 “A abordagem do ser, não é aí que reside o extremo do amor- o verdadeiro amor? E o verdadeiro amor – certamente não foi a experiência analítica que fez essa descoberta, cuja modulação eterna dos temas do amor carrega suficientemente o reflexo – o verdadeiro amor desemboca no ódio”.

LACAN, Jacques. O Rato no Labirinto. In: O Seminário: Livro 20: mais, ainda (1901-1981) Texto Estabelecido por Jacques Alain-Miller. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1985: 157


MILLER

 “Que los tiempos corran remite-; qué estoy decir! – al movimiento de la civilización. Algo se aceleró en la civilización, en nuestro modo de estar en la civilización y de gozar en la civilización.”

MILLER, Jacques-Alain.  Los tempos que corren. In: Todo el mundo es loco. Buenos Aires: Paidós, 2015: 15

  • (…) “hoy en día, ni siquiera nos parece que la producción se basa en el deseo sino que está conectada con el goce, es decir en la producción acelerada del objeto a, no en tanto causa del deseo, sino en tanto tapón, son dos estatutos distintos”.

MILLER, Jacques-Alain. Los tempos que corren. In: Todo el mundo es loco. Buenos Aires: Paidós, 2015: 22

  • “Estamos en la época en la que, en efecto, la cuantificación se adueña de todos los aspectos de la existencia y esto hace resonar en nosotros la obra de este autor que le gustaba tanto a Lacan, T.S.Eliot, quien, ya en los primeros años del siglo XX, poco después de la Primeira Guerra Mundial, había escrito y publicado ese poema sorprendente, que sigue siéndolo, The Waste Land ( La tierra baldía), con el que Lacan termina su “Discurso de Roma”. The Waste Land, o sea “la tierra desolada”. Pues bien, allí estamos, en los tiempos que corren, en esta Tierra desertificada y tenemos que lidar con quienes Nietzsche llama los últimos hombres”.

MILLER, Jacques-Alain.  Los tempos que corren. In: Todo el mundo es loco. Buenos Aires: Paidós, 2015: 31

  • “A palavra é o nome próprio da palavra como aparelho do gozo, como parte dos aparelhos do gozo. A interpretação em questão, da qual é difícil especificar os contornos, é uma interpretação que se suporta visando à palavra como aparelho de gozo.”

MILLER, Jacques-Alain. O escrito na fala. In: Opção lacaniana online, nº 8, julho 2012:22. Disponível em: http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_8/o_escrito_na_fala.pdf

“No avesso de Lacan, o Outro é destituído, o sujeito é pensado a partir do real, do simbólico e do imaginário como sendo essas três consistências. Aliás, eu me engano ao dizer sujeito, pois não se trata mais do sujeito, do sujeito do significante, do sujeito da identificação, mas sim do ser humano qualificado de falasser. Eis o que resta da primazia da linguagem. No lugar do Outro, há um outro princípio de identidade do qual Lacan fornece apenas apanhados fugidios.

MILLER, Jacques-Alain. Sétima lição. In: Perspectivas do Seminário 23 de Lacan. O Sinthoma. Rio de Janeiro:Zahar Ed, 2009 , Cap. 7, p. 110


AUTORES DO CAMPO FREUDIANO

 “Nessa época da globalização, “que não é mais o período disciplinar, o significante que Jacques Alain-Miller utiliza para representar nossa época é uma época do arranjo. O que nós estamos preparando como S1 para colocar no lugar do pai? Qual é o novo par S1-gozo? Sobre esse par nós sabemos que não há relação sexual.”

BROUSSE, Marie-Hélène. A psicanálise no tempo dos “mercados comuns e dos processos de segregação. In: O inconsciente é a política. São Paulo: Escola Brasileira de Psicanálise, 2018: 59

  • “A política da psicanálise, que é de nossa responsabilidade, nos levará a nos interrogarmos sobre a política, sobre a vida pública em geral, assim como a economia, isto é inscrever nossa prática, nossa clínica no contexto que a determina.”

BROUSSE, Marie-Hélène. In: A psicanálise no tempo dos “mercados comuns e dos processos de segregação. In: O inconsciente é a política. São Paulo: Escola Brasileira de Psicanálise, 2018:70