Editorial #11

 

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A EBP tem pela frente o desafio de organizar, em menos de dois anos, três eventos de grande complexidade. Três de nossa Seções, Minas, São Paulo e Rio estão em pleno trabalho de organização desses eventos. Uma audiência que, somada, deve beirar os cinco mil inscritos. Temos a honra e a responsabilidade de sediar os rumos da orientação lacaniana nas Américas e na AMP como um todo. Para além do futebol, o Brasil tornou-se o país da psicanálise lacaniana. Eis um sinal de aposta e autonomia que nos leva a compor o quadro das Escolas da AMP sem que nenhuma tutela se faça necessária. A confirmação última veio da instituição da Comissão de Garantia da EBP. Assim, a relação com nossos colegas das diversas Escolas do Campo Freudiano, que se espraiam por tantos países, passa da suposição de saber à transferência de trabalho. É necessário, contudo, um enorme esforço de todos nós, membros, aderentes, correspondentes, participantes, enfim, todos os que são causados no Brasil pela Orientação Lacaniana, para que esses eventos sejam a tradução do momento produtivo que vivemos. Que todos, sem exceção, sintam-se convocados ao trabalho. Evidentemente, além do avanço epistêmico, foi necessário, para a consolidação deste momento institucional, um avanço administrativo. Como previsto na Assembleia anual de membros da EBP, realizada em março último, compramos este mês uma sala no bairro de Pinheiros, em São Paulo, onde ficará o escritório administrativo de nossa Escola. Neste escritório será possível organizar e centralizar em um único local a documentação de duas décadas de trabalho, zelando assim pela organização de nossa memória. Uma outra etapa se inicia. A inscrição junto ao 4º Tabelião de Notas da cidade de São Paulo de um imóvel da EBP, grava o desejo que move nossa causa analítica no solo brasileiro. Para além do registro jurídico simbólico, trata-se da escrita de nossa maturidade.

 

Marcelo Veras