<!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd"> <html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml"> <head> <meta name="description" content="A diretoria na Rede - Boletim da Escola Brasileira de Psicanálise"/> <meta name="keywords" content="escola, brasileira, psicanálise, lacan, lacaniana, boletim, salvador, bahia, diretoria, rede"/> <meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1" /> <meta name="rating" content="Geral"/> <meta name="expires" content="never"/> <meta name="language" content="portuguese"/> <meta name="charset" content="ISO-8859-1"/> <meta name="distribution" content="Global"/> <meta name="robots" content="INDEX,FOLLOW"/> <meta name="email" content="dr@ebp.org.br"/> <meta name="author" content="Bruno Senna"/> <meta name="publisher" content="Bruno Senna"/> <meta name="copyright" content="Copyright ©2013 - www.ebp.org.br/dr"/> <title>A Diretoria na Rede</title> <link href="../../css/css.css" rel="stylesheet" type="text/css" /> <link href='http://fonts.googleapis.com/css?family=Roboto:400,100,100italic,300,300italic,400italic,500,500italic,700,700italic,900,900italic' rel='stylesheet' type='text/css'> <link rel="stylesheet" href="../../css/prettyPhoto.css" type="text/css" media="screen" title="prettyPhoto main stylesheet" charset="utf-8" /> <script src="https://ajax.googleapis.com/ajax/libs/jquery/1.9.0/jquery.min.js" type="text/javascript"></script> <script src="../../js/jquery.prettyPhoto.js" type="text/javascript" charset="utf-8"></script> </head> <body> <div class="container"> <div class="tudo"> <div class="header"> <p><img src="../../images/logo.png" width="858" height="179" /></p> </div> <div class="content"> <div class="sidebar"><!-- #BeginLibraryItem "/Library/social_medias.lbi" --><div class="social_media"><a href="http://www.youtube.com/user/ebpcf" target="_blank"><img src="../../images/icon_youtube.png" width="27" height="27" alt="You Tube" /></a></div> <div class="social_media"><a href="http://twitter.com/ebp_cf" target="_blank"><img src="../../images/icon_twitter.png" width="26" height="27" alt="Twitter" /></a></div> <div class="social_media"><a href="http://www.facebook.com/pages/Escola-Brasileira-de-Psicanálise/276579985716972" target="_blank"><img src="../../images/icon_facebook.png" width="27" height="27" alt="Facebook" /></a></div><!-- #EndLibraryItem --><div class="clearfloat"></div><!-- #BeginLibraryItem "/Library/menu_lateral.lbi" --> <div class="menu"> <ul id="menu"> <li><a href="../../index.asp">Início</a> <a href="../../editorial.asp">Editorial</a> <a href="../../expediente.asp">Expediente</a> <a href="../../biblio.asp">Bibliô</a> <a href="../../dobradica.asp">Dobradiça de Cartéis</a> <a href="../../territorios.asp">Territórios Lacanianos</a> <a href="../../acontece.asp">Acontece na EBP</a> <a href="../../extimidades.asp">Extimid@des</a> <a href="../../debates.asp">EBP Debates</a> <a href="../../orientacao.asp">Orientação Lacaniana</a> <a href="../../espaco.asp">Espaço da EBP</a> <a href="../../destaques.asp">Destaques</a> <a href="../../contatos.asp">Contatos</a> </li> </ul> <p align="center"><a href="http://www.encontrocampofreudiano.org.br/p/m2.html" target="_blank">Clique aqui para ver o boletim do XX Encontro!</a></p> <p> </p> <p align="center"><a href="http://www.encontrocampofreudiano.org.br" target="_blank"><img src="../../images/banner_xx_encontro.png" width="150" height="200" /></a></p> <p align="center"> </p> <div class="line_break"></div> <p align="center"> </p> <p align="center"><a href="http://www.encontrocampofreudiano.org.br/p/m2.html" target="_blank">Vídeo de Apresentação</a></p> <p align="center"><a href="http://www.encontrocampofreudiano.org.br/p/m2.html" target="_blank">doXX Encontro!</a></p> <p align="center"> </p> <p align="center"><a href="http://youtu.be/G6wW8wu-C2A" rel="prettyPhoto" title="Apresentação do XX Encontro"><img src="../../images/banner_xx_encontro_video.png" alt="XX Encontro Brasileiro do Campo Freudiano" width="150" height="89" /></a></p> <p align="center"> </p> <p align="center"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ksaJW2dK-ro" target="_blank">XX EBCF - Entrevista: Cauã Reymond e a psicanálise</a></p> <p align="center"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ksaJW2dK-ro" target="_blank"><img src="../../images/home/home_video_caua.jpg" width="150" height="89" alt=""/></a></p> <p align="center"> </p> <p align="center"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=qVznO2nKhRw" target="_blank">XX Encontro Brasileiro Eric Laurent</span></a></p> <p align="center"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=qVznO2nKhRw" target="_blank"><img src="../../images/home/home_video_laurent.jpg" width="150" height="89" alt=""/></a></p> <p align="center"> </p> <div class="line_break"></div> <p align="center"> </p> <p align="center"><a href="http://autismoepsicanalise.blogspot.com.br/" target="_blank"><img src="../../images/banner_autismo.png" width="150" height="208" /></a></p> <p align="center"></p> <p></p> <p> </p> </div> <!-- #EndLibraryItem --><p> </p> <p align="center"><a href="http://www.encontrocampofreudiano.org.br" target="_blank"><img src="../../images/banner_xx_encontro.png" width="150" height="200" /></a></p> <p align="center"> </p> <p align="center"> </div> <div class="conteudo"> <h1>Dobradiça de Cartéis</h1> <div class="line_break"></div> <h2>Novembro de 2014</h2> <h2><em>DOBRADIÇA DE CARTÉIS Nº 16</em></h2> <h3>Boletim eletrônico dos cartéis da EBP</h3> <p> </p> <p><img src="../logo_dobradica.png" width="425" height="240" alt="Dobradiça de Cartéis" /></p> <p> </p> <p> </p> <h1><em>Escrita cartelizante</em></h1> <h3><em>Trabalho apresentado na Jornada de Cartéis da Seção Minas em 23 de maio de 2014</em></h3> <p> </p> <h2><em>O sujeito autônomo e os imperativos de gozo</em></h2> <h4>Gabriel Coimbra Carvalho</h4> <p> </p> <p>O sujeito moderno tem sua origem no cogito cartesiano a partir do movimento da dúvida enquanto método de conhecimento do real, um conhecimento que seja “seguro”, como postula Descartes no <em>Discurso do método. </em>Este sujeito é um resto, o resultado de uma operação, que por sua vez, nega a propriedade do pensamento, esgotando assim todo conteúdo possível do mental pela égide da dúvida. O que cai é o sujeito vazio, um sujeito que só pode afirmar que se pensa, existe. Uma conexão entre pensamento e ser, que segundo Miller, é uma conexão vazia. Lacan situa ai, o sujeito do inconsciente, pelo seu mesmo caráter evanescente do sujeito do cogito. No lapso, no sonho, bem como no ato falho, o sujeito é momentâneo, fugidio.</p> <p> </p> <p>Com Kant, fruto do Iluminismo, movimento que visava o “Bem” a partir do uso da razão<a href="#_ftn1" name="_ftnref1" title="" id="_ftnref23"><sup>1</sup></a>, esse sujeito sofre uma nova configuração. Na <em>Crítica da razão prática</em>, Kant elucida que o problema da moral só pode ser pensado em seu nível “prático”, na medida em que a razão pura é prática por si mesma, pois é ela que promove os alicerces da ação moral por excelência. É o uso da razão que fornece a estrutura para a criação de leis que guiam a vontade. Com efeito, o sujeito cartesiano, segundo a versão kantiana, coloca de ponta a ponta o problema da autonomia, de sorte que, este sujeito, encontra-se na razão prática e não na razão pura. Tal sujeito autônomo em Kant pode ser compreendido como barrado, faltoso, impedido. Miller nos dirá que o sujeito kantiano, tal como ele encontra-se na <em>Crítica da razão prática</em>, pode ser lido como um buraco no determinismo científico e na causalidade objetiva.</p> <p> </p> <p>Descartes irá dividir o homem em duas substancias, a saber: <em>res cogitan</em> e <em>res extensa</em>. Assim, o homem seria aquele que tem sua existência alojada ao pensamento podendo ou não servir-se de uma extensão. O corpo é deixado de lado de suas investigações e, sendo assim, seu substrato vivo, material é reduzido à extensão.</p> <p> </p> <p>Em <em>Perspectivas do Seminário 23</em>, Miller conceitua a substancia do homem não mais como <em>res cogitan </em>e<em> res extensa</em>, mas como substancia gozosa. Desta forma, o corpo é aquilo de que se goza.</p> <p> </p> <p>Assim, podemos colocar a questão: Como pensar a autonomia do sujeito frente a “isso de que se goza?” A principio parece-me impossível considerar alguma autonomia sem elucidar sua dependência. Em qual nível o sujeito autônomo, de Kant, fixa sua dependência? Sua dependência se dá ao nível supra sensível, ao nível da lei moral que o sujeito autônomo confere a si mesmo, porém de forma invertida, como se fosse um Outro. O imperativo categórico é escutado como um Outro que ordena e vigia. E o gozo? Podemos observar nos fenômenos psíquicos contemporâneos, certo empuxe à pulsão de morte. Sujeitos submetidos aos imperativos do gozo, sem nenhuma barreira, chegam a pagar o preço de seus excessos das formas mais trágicas possíveis. De qual dependência se trata? A homofonia faz-se ouvir: De qual dependência a Psicanálise trata? A do nível supra sensível? Ou a do corpo, da substancia gozosa?</p> <p> </p> <p>Com efeito, para Kant, há uma vontade para além do princípio do prazer<em>. </em>Aqui, nós não podemos esquecer a distinção maior entre <em>das Gute </em>(ligado a uma determinação <em>a priori </em>do bem) e <em>das Wohl </em>(ligado ao prazer e ao bem-estar do sujeito). Para o filósofo, não há liberdade lá aonde somos controlados pelo sentimento fisiológico de bem-estar. Neste nível o homem não se distingue do animal. O imperativo categórico visa “domar” os instintos ligados à satisfação natural, fisiológica, sendo assim, só a liberdade, e, autonomia no uso pleno da razão. Desta forma, a autonomia consistiria em “ser livre em relação a todas as leis da natureza” e submeter-se unicamente às próprias leis e máximas que o sujeito formula para si a partir do uso da razão, com o intuito de forjar uma legislação de cunho universal. Sendo assim, o imperativo categórico tenta excluir o corpo de ponta a ponta, na medida em que legisla um sujeito transcendental.</p> <p> </p> <div> <div id="ftn23"> <h4><a href="#_ftnref1" name="_ftn1" title="" id="_ftn23"><sup>1</sup></a> Segundo Bauman, o Iluminismo pode ser entendido como a máxima de pensar por conta própria. A autonomia do sujeito representa que o lugar de Deus é ocupado pela razão, na época das “Luzes”. </h4> </div> </div> <p></p> <p> </p> <div> </div> <p></p> <p></p> <p></p> <p></p> <p><img src="../dobradica_clip_image002.gif" width="3" height="3" alt="Dobradiça de Cartéis" /></p> </div> <div class="clearfloat"></div> </div> </div> <div class="footer"> <div class="footer_cont"> <div class="foot_ebp"><a href="http://www.ebp.org.br" target="_blank"><img src="../../images/bottom_logo_ebp.jpg" width="152" height="36" alt="EBP" /></a></div> <div class="foot_amp"><a href="http://www.wapol.org" target="_blank"><img src="../../images/bottom_logo_amp.jpg" width="51" height="53" alt="AMP" /></a></div> <div class="foot_menu"><!-- #BeginLibraryItem "/Library/menu_bottom.lbi" --> <h5><a href="../../index.asp">Início</a> | <a href="../../editorial.asp">Editorial</a> | <a href="../../expediente.asp">Expediente</a> | <a href="../../biblio.asp">Bibliô</a> | <a href="../../dobradica.asp">Dobradiça de Cartéis</a> | <a href="../../territorios.asp">Territórios Lacanianos</a> | <a href="../../acontece.asp">Acontece na EBP</a><p></p> <a href="../../extimidades.asp">Extimidades</a> | <a href="../../debates.asp">EBP Debates</a> | <a href="../../orientacao.asp"> Orientação Lacaniana</a> | <a href="../../espaco.asp">Espaço da EBP</a> | <a href="../../destaques.asp">Destaques</a> | <a href="../../contatos.asp">Contatos</a> </h5><!-- #EndLibraryItem --></div> </div> </div> </div> <script type="text/javascript" charset="utf-8"> $(document).ready(function(){ $("a[rel^='prettyPhoto']").prettyPhoto(); }); </script> </body> </html>