
Boletim Hiante #04
ECOS
“O terceiro eixo da nossa IV jornada “A prática analítica nos territórios” nos convida a conectar a psicanálise com outros saberes e práticas.
Na última preparatória debatemos sobre o bom uso que se pode fazer do psicanalista enquanto objeto provocador do inconsciente.
Trazer o inconsciente à cena, produzir intervalos, sustentar o real, abrir brechas para o aparecimento do sujeito, inclusive o sujeito criança/adolescente, foi alvo da nossa discussão, estejam elas (as crianças) na família, na escola, ou em qualquer outro lugar.
‘“Eu fico com a pureza das respostas das crianças’’… (Gonzaguinha).
É possível que nos territórios, sendo uma psicanálise aplicada, o desafio seja ainda maior. Estar à altura da subjetividade da nossa época é uma recomendação de Lacan imprescindível ao uso da psicanálise aplicada, admitindo as questões do inconsciente hoje, do gozo, das contingências e das respostas do real”.

REFERÊNCIAS RESSONANTES
“Nós, precisamente, nos atemos à apresentação, não de uma psicopatologia geral, mas do esforço de cada sujeito para tratar do seu sintoma e do acolhimento que lhe damos em instituições que, sem nossa presença, teriam tendência a tratá-lo como categoria.”
O Delírio da Normalidade. In: Loucuras, sintomas e fantasias na vida cotidiana/Éric Laurent. Belo Horizonte. Scriptum Livros, 2011, p. 45
Como bem pontuado por Éric Laurent, os novos significantes mestres da contemporaneidade são a armação (armature) do discurso do mestre. O espaço do singular é reduzido e banalizado, caminha-se ao seu desaparecimento. Em meio às instituições, o analista é o deslocado, é o representante da estranheza e diferença frente aos ideais utilitaristas…

QUANDO O WITZ RESPONDE…


IN LOCU
por Cassandra Dias
Trata-se de uma praia fluvial, resultado do encontro entre o rio Sanhauá e o mar, localizada no município de Cabedelo, dentro da região metropolitana de João Pessoa. O nome Jacaré vem do hidroavião que trazia os correios para a cidade em 1960 e que ao frear no rio fazia um movimento que lembrava o nado de um jacaré.
Esse lugar bucólico recebe turistas de todas as partes para assistirem ao espetáculo do pôr do sol nas águas do rio ao som do bolero de Ravel. A tradição surgiu quando um casal francês comprou um pequeno restaurante e tinha por hábito ouvir essa música sempre no mesmo horário.


Coordenadora Geral da Jornada – Margarida Assad
Comissão de Divulgação:
Coordenação: Cassandra Dias e Francisco Santos
Anderson Barbosa, José Ronaldo de Paulo, Pauleska Nóbrega, Severino Bernardino Neto, Suele Conde, Tatiana Schefer.
Criação e Editoração: Bruno Senna – sennabruno@gmail.com