O estilo que faz Escola Késia Ramos (EBP/AMP) Esses tais artefatos que diriam minhas angústias,…
Homenagem a Rosane
Sílvia Farias
“Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir…”(Canção da América, Milton Nascimento)
Rosane fez parte de toda minha trajetória profissional, desde estudante do curso de Psicologia, quando tive a honra de tê-la como professora, até outubro deste ano, com seu falecimento. Ao longo do tempo fui aluna, supervisionanda, colega de trabalho e amiga, e é como amiga que falarei.
Lembro nitidamente do seu telefonema, num sábado, final de janeiro, me falando do seu adoecimento e da busca por tratamento, que durou aproximadamente 09 (nove) meses. Foi uma guerreira, lutou enquanto pôde e continuou exercendo a psicanálise até o final.
Rosane tinha como traços a elegância, generosidade, disponibilidade, delicadeza e firmeza. Sorria quando falava, presença marcante, pulsava vida. A transmissão da psicanálise se fazia presente a cada fala sua, ela tinha esse dom de trazer a clínica viva e intensa, como ela era.
Volto à canção de Milton Nascimento:
“Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam “não”
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração”
Saudades, minha querida amiga. Beijo carinhoso.