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1ª Jornada da Seção Nordeste

O enigma da sexuação

O que nos ensina a experiência analítica sobre isso

  • Convidado Internacional: Fabián Fajnwaks
  • Direção Geral: José Carlos Lapenda e Glacy Gorski
  • Coordenação Científica: Elizabete Siqueira

03 e 04 de dezembro

Evento transmitido através da plataforma ZOOM

O título escolhido para I Jornada da Seção Nordeste “O enigma da sexuação – o que a experiência analítica nos ensina sobre Isso”, é um convite dirigido à comunidade analítica para participar de uma conversação sobre esse tema fundamental que, de início, tem como pressuposto um distanciamento de toda e qualquer concepção essencialista, construtivista ou identitária, uma vez que a psicanálise traça como orientação, a posição singular de cada sujeito em relação ao gozo. Por isso, pensar uma sexualidade apoiada na noção de gênero invalida-se pelo que a experiência analítica ensina.

Lacan precisou rever a clínica do significante na qual o simbólico reinava, para trazer algo novo no campo da experiência analítica, a clínica organizada pelo gozo, que não se pauta em uma lógica binária regida pela reciprocidade. Ela é borromeana e aborda, com mais vigor, o enigma do feminino. Tem como orientação a questão do gozo, indicando, com isso, a existência de algo que sobrepuja a função fálica  ̶  edipiana em sua essência. O mais além aponta para o real, para o impossível de ser dito, mas que, nem por isso, é menos existente e, tampouco, tem a ver com uma questão de opção ou de determinação significante. Isso indica algo que pode ser experimentado no corpo como acontecimento que desvela um a mais, mais ainda, que não se ordena pela lógica fálica e é avizinhado do real.

No último ensino, Lacan aponta para um gozo Outro, como acontecimento de corpo não ordenado pelo falo e que é nomeado gozo feminino. Esclarece que este tem o estatuto de gozo como tal, que cada ser falante experimenta gozo não-todo que contraria a universalidade fálica, exigindo um savoir-y-faire, um saber fazer aí com isso.

Concluímos afirmando com Stevens[1] que não existe saber sobre o “real da cópula e do gozo, no entanto, o amor é uma solução para essa inexistência”. Pergunta-se, ainda, o que resta no final da análise, uma vez analisados os enganos e as ilusões do amor?

Esperamos que essas colocações provoquem indagações e o desejo de investigar os três eixos de trabalho aqui expostos: 1- A mulher que não existe e a escrita do Um 2- O saber in-sabido do sexo e 3- A não-relação sexual: o real, a existência e o amor

Elizabete Siqueira e Glacy Gorski

[1] Stevens, A. Sobre lo real del amor. Enlaces,6, pp. 26-34.

Lançamento da 1ª Jornada da Seção Nordeste

Apresentação do argumento e eixos temáticos

  • Coordenação: José Carlos Lapenda
  • Responsável: Elizabete Siqueira
  • Coordenação de mesa: Glacy gorski

16 de junho, às 20h

Atividade transmitida através da plataforma ZOOM
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