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Editorial Boletim Litorâneo #05

Cassandra Dias

A locomotiva segue a pleno vapor! Desbravando esse continente litorâneo, serpenteando por entre terra e mar, fixando a marca de uma orientação clínica, epistêmica e política.

Abrimos esse número do Litorâneo com um texto especial, fruto da participação de Ricardo Seldes, colega da EOL – Escuela de la Orientación Lacaniana e vice-presidente da FAPOL – Federação Americana de Psicanálise de Orientação Lacaniana – convidado de uma atividade preparatória ao X ENAPOL que gentilmente, autorizou sua publicação no nosso boletim. O amor entre presença e ausência nos brinda com uma transmissão singular, que provocou efeitos em nossa comunidade sobre o tema: o que há de novo no amor, explorado por Ricardo em suas nuances e mistérios, a partir da perspectiva de um psicanalista conectado com o seu tempo.

E se o amor é um mistério, a sexuação é um enigma. Seguindo essa trilha, o tema da I Jornada da Seção Nordeste continua provocando ressonâncias. De umas das Conversações Preparatórias sobre o 1ºeixo temático “A mulher que não existe: uma escrita do Um”, recolhemos de Vânia Ferreira e Wilson Lima, como cada um deles foi provocado nessa noite. Seus textos nos dizem de uma elaboração em curso que desembocará na grande conversação por ocasião da Jornada.

E, por fim, a clínica do autismo colocada em ato a partir da produção dos participantes dos Núcleos de Pesquisa de Pernambuco e Alagoas que discutem “Os autismos e seus ensinamentos sobre o amor”. A partir de sua experiência com o autismo, Francisco Xavier demonstra como ser dócil ao autista pode franquear a dimensão de um amor real, pautado em uma clínica da invenção. O caso apresentado por ele coloca a trabalho Paulo Carvalho que, em seu comentário interroga como dar um tratamento ao gozo do corpo nos sujeitos autistas através do amor. Já Ellis Platero e Januário Marques, perguntam: podemos dizer que o insucesso do gozo é o que dá “asas” ao amor no autismo? A conversa entre os Núcleos é estabelecida, tendo em vista a clínica como norteadora dessa investigação.

A produção dos textos reunidos nessa edição do Litorâneo convida o leitor a navegar conosco nessas águas.

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