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Conversação Cinema e Psicanálise Seção Nordeste

Késia Ramos
Membro da EBP/AMP

Boa noite a todos, sejam bem-vindos a mais um encontro da Conversação do Cinema com a Psicanálise da Seção Nordeste. Nesta ocasião, faremos o encerramento das atividades da Seção Nordeste deste ano de 2023.

Gostaria de agradecer aos apoios recebidos: à diretoria da Seção Nordeste, a diretora Cleide Monteiro, da qual a atividade está na rubrica da Diretoria de Biblioteca, em especial a Rede do cinema e psicanálise da Fapol na EBP, sob coordenação da Ondina Machado e às queridas colegas e parceiras de trabalho da comissão da rede, bem como aos colegas aqui presente.

O nosso convidado da noite é o Niraldo de Oliveira Santos, psicanalista praticante, membro da AMP e da EBP e Diretor Geral da Seção São Paulo. Seja muito Bem-vindo, Niraldo. Muito obrigada por aceitar o convite para participar da Conversação do Cinema e Psicanálise da Seção Nordeste.

A obra cinematográfica que discutiremos hoje é “Ich bien dein Mensch, escrita e dirigida por Maria Schrader. O filme de origem alemã estreou no 71º Festival Internacional de Cinema de Berlim em março de 2021.

Ich bien dein Mensch, teve o título adaptado no Brasil de “O Homem Ideal”, porém, ao traduzirmos diretamente do alemão, seria, “Eu sou o teu ser humano”.

O enredo central gira em torno da personagem Alma, uma cientista que pesquisa antigos roteiros cuneiformes no Museu Pergamon. Para obter financiamento para seus estudos, concorda com um acordo incomum: viver com um robô humanoide por três semanas e, em seguida, escrever um relatório sobre o tempo que passaram juntos. Seu robô, Tom, está programado para ser seu parceiro perfeito.

Os robôs sempre estiveram presentes nas obras da sétima arte, e agora as Inteligências Artificiais estão cada vez mais presentes nos diversos contextos e rotinas diárias, como Siri, Alexa, ChatGPT, etc. Nos dias 6 e 7 de junho de 2023, ocorreu uma conferência de tecnologia em Genebra, na Suíça, organizada pela União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla original em inglês), um órgão da ONU ligado a tecnologias de informação e comunicação. A coletiva de imprensa contou com uma série de entrevistas com robôs humanoides, com todas as perguntas feitas por jornalistas humanos e respondidas pelas máquinas.

Os robôs não são sujeitos divididos, não são barrados, não neurotizam, não apresentam sintomas. Não encontramos neles o lugar da enunciação, de onde os humanos falam, além do sentido. Por isso são máquinas, por mais que queiram replicar aos seres falantes

Freud introduziu o conceito de pulsão para diferenciar de instinto, indicando a plasticidade da satisfação humana em face da civilização: quando muda o laço social, o homem muda. Nessa ruptura, novas doenças surgem, assim como novas soluções.

Afinal, na contemporaneidade encontramos uma multiplicidade de relações e novos laços amorosos, sem nenhum padrão. Portanto, um amor arbitrário

Então, o que dizer sobre o tema em questão que o filme “O homem ideal” ilustra, trazendo a questão de até que ponto os laços digitais podem realmente substituir o contato humano?

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