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Primeiras palavras

Cassandra Dias (EPB/AMP) – Diretora Geral da EPB – Seção NE

 Os acordes da guitarra de Pink Floyd, banda britânica que surgiu na década de 60 foi a sonoridade escolhida para ambientar o universo conceitual que inspirou o trabalho da Seção Nordeste em direção às suas IV Jornadas.

O rock progressivo que ocupou a cena underground de Londres nos pareceu conversar com as fotografias da americana Lois Greenfield e seu jeito único de capturar a forma humana em movimento.

Pois, seguindo a trilha de Lacan em direção ao real, nos deparamos em seu ultimíssimo ensino com a primazia do corpo e a dimensão do furo. Do mergulho abissal onde a bailarina se lança no vazio e dança em meio ao silêncio vem o conceito que nos trouxe até aqui.

Do curso de Jacques Alain Miller, O ultimíssimo Lacan, trabalhado no seminário de Orientação Lacaniana coordenado pelo Conselho da Seção Nordeste – a quem agradecemos – retiramos as coordenadas para discutir as respostas do real e suas contingências na clínica.

A tese de Lacan em seu ultimíssimo ensino é que a estrutura do homem é tórica, opondo-se à figura da esfera e seu ágalma da eternidade. O tempo não é eterno, para Lacan. Ele escasseia. “Tanto por las necesidades del cuerpo vivo como por la urgencia del  tiempo lógico”.[1]

Em seu derradeiro momento, Lacan opera uma deflação da psicanálise. E a figura topológica do toro serve para que ele demonstre a desinflação do ar a partir do furo central. Mais do que o trovão que enche o fantasma, temos os pequenos passos, o trotezinho de ratos, o murmúrio: “En el  silencio de lo real, y mientras que siempre hay que desconfiar de lo simbólico que miente, solo queda el recurso a lo imaginário, es decir, al cuerpo, es decir, al tejido”. [2]

Se o real não fala, não toma a palavra, quais seriam as suas respostas? Como elas se apresentam na clínica?

Esse é o desafio dessa comunidade de trabalho: seguir o fio de prumo deixado por Freud e Lacan e sustentado por Jacques Alain Miller para continuar interrogando o fazer psicanalítico.  “Minha solidão foi justamente aquilo a que renunciei ao fundar a Escola, e que tem ela a ver com aquela em que se sustenta o ato psicanalítico, senão poder dispor de sua relação com esse ato?”[3]

Em torno do paradoxo de uma solidão no coletivo, as sete escolas da Associação Mundial de Psicanálise espalhadas pelo mundo apostam que a psicanálise “é uma prática que durará o que durar”. [4]

A partir da política da Nova Geografia da Escola Brasileira de Psicanálise, a Seção Nordeste em seu 4º ano de funcionamento aporta desta vez em terras paraibanas com sua jornada de trabalho anual na cidade de muitos nomes: Nossa Senhora das Neves, Filipéia, cidade da Parahyba e por fim, o nome daquele que, assassinado, teria sido o estopim da Revolução de 30, João Pessoa. O uso político desse crime inaugurou a era Vargas, expondo também o escândalo do romance entre Anaíde Beiriz e João Dantas, condenados publicamente. A professora e poetisa morreu aos 25 anos, entrando para a história como “A pantera dos olhos dormentes”, uma mulher que de “Paraíba masculina, mulher macho, sim senhor”, não tinha nada.

No extremo oriental do continente americano, na terra onde o sol nasce primeiro – “mas que primeiro também o perde, portanto”[5] –  ao som do bolero de Ravel.  A “Porta do Sol” com sua beleza natural, com sua história, localizada entre o mar e o rio, hoje abriga as transferências ao Campo Freudiano, recebe a nau dos praticantes da psicanálise que chegam de todas as partes. Navegantes que interrogam as subjetividades do século XXI.

Conduzir esse barco que cortou as águas desembocando agora nesse momento de abertura não teria sido possível sem o desejo decidido da coordenadora dessas Jornadas, Margarida Assad. O fazer Escola é uma experiência que não pode prescindir do desejo.

Em nome da Diretoria da Seção Nordeste, cumprimento Margarida que fará os agradecimentos aos trabalhadores decididos que compõem o múltiplo do território Nordeste transferido à Orientação Lacaniana e que fazem esse acontecimento Jornada.

[1] MILLER, J. A –  El ultimíssimo Lacan; Los cursos psicoanalíticos de Jacques Alain Miller, Buenos Aires, Paidós, 2013, p 270.
[2]  Id ibid, p 259.
[3]  LACAN, J. – Discurso na Escola Freudiana de Paris In: Outros Escritos, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003, p 267
[4]  MILLER, J. – Id ibid,  p 273
[5]  SANTOS, F. – Editorial In: Boletim Hiante nº 1 IV Jornada. Disponível em: https://ebp.org.br/nordeste/jornadas/2024/editorial-boletim-hiante-01/


Margarida Assad (EBP/AMP) – Coordenadora geral da IV Jornada

Gostaria de dar as boas vindas a todos os presentes, colegas da Psicanálise interessados na transmissão que fazemos na Escola Brasileira de Psicanálise – Seção Nordeste, e dizer da enorme alegria de poder dar início à nossa IV Jornada.

Temos aqui colegas de vários lugares do Brasil, a quem desejamos que sejam bem acolhidos nesse recanto do Nordeste, extremo oriental do país, onde o sol nasce primeiro, trazendo luz e calor aos que aqui chegam. O sol torna nossos dias mais curtos, começando muito cedo, fazendo dos paraibanos gente caliente e acolhedora.

O tema escolhido pela Comissão Científica, a quem desde já agradeço o trabalho rigoroso e dedicado que realizaram, provoca nosso interesse.  O real sempre existiu, mas as respostas do real, além de se atualizarem, têm sido cada vez mais frequentes e desafiadoras. Não temos recursos simbólicos para lidar com tantas e inéditas respostas, por isso o tema escolhido nos parece tão atual. O campo analítico, ao contrário da inércia social, quer saber. Queremos saber, discutir o que fazer, como fazer, como interpretar. Uma sugestiva colocação de Miller na apresentação do seu livro O Nascimento da Clínica Freudiana[1] nos diz: “Não há que se fazer obstáculo ao real, nem forçá-lo. É necessário tempo não forçar o real; mas ter a paciência frente a ele, aguardar o bom momento certo para agir”. O momento de agir é o da urgência. Miller nos diz que quando os pedaços de real se juntam, se agrupam, tecem nós, aí experimentamos a impaciência, temos que agir. É a hora do pulo do gato. Agora ou nunca. Nossas Jornadas em suas preparatórias capturaram os pedaços de real da experiência. Vamos aprender um pouco mais em nesses dois dias a ter a paciência e habilidade analítica para esperar o Kairós, o momento certo de agir. Iremos escutar diferentes formas de manifestação do real, em forma de sintomas, quer sejam na clínica privada ou no campo social e mesmo nas instituições. As Jornadas Clínicas irão demonstrar a força dessa produção, e as invenções analíticas que nossos praticantes encontraram para lidar com as contingências, as urgências na clínica e nos territórios. Poderemos amanhã aprender muito com os trabalhos e os comentários das mesas, e certamente com as duas conferências que nossos convidados nos brindarão.

Recebemos um número enorme de trabalhos e por isso precisamos de salas simultâneas. Serão três salas, mas somente em uma haverá transmissão on line, a sala 1. Cada sala foi nomeada sugestivamente pela Comissão Científica em alusão ao movimento do real, sala 1: Embrulhadas; sala 2: Fisgadas, sala 3: Arriscadas. As Jornadas Clínicas irão ocorrer pelo período da manhã de sábado e em três horários. Começaremos pontualmente às 8:00, honrando nossa localização geográfica onde o sol já está acordado às 4:30. Terminaremos às 12:30, quando teremos um intervalo para o almoço, que também deverá ser cumprido, pois retornaremos às 14:30. Precisamos estar atentos aos horários, e peço a todos, participantes e coordenadores de mesa, que cumpram o horário. Ao final do dia de amanhã, teremos uma festa que começará logo em seguida ao término dos trabalhos, com um pequeno tempo para chegarmos no local. Devemos vir já bem produzidos, com brilho e batom,  para irmos direto ao baile.

Sobre nosso espaço. Temos uma Livraria de peso, que foi cuidadosamente preparada pela Comissão de Livraria: garimparam novas edições, novas publicações e também aqueles clássicos sempre procurados. Não deixem de visitá-la. Ela se encerrará às 17:00 do sábado. Muito obrigada aos organizadores.

Quero agradecer, com muito carinho e reconhecimento ao trabalho dedicado, às seis comissões que não mediram esforços para que pudéssemos estar hoje aqui reunidos, e oferecermos o melhor aos participantes. Desde 2 de julho, quando lançamos o argumento da IV Jornada, vimos trabalhando. Foram três atividades preparatórias, apresentando os três eixos temáticos escolhidos pela Comissão Científica; foram quatro Boletins preparados com beleza e muito conteúdo pelos seus editores, tendo sido escolhido o provocante nome de Hiante, cuja nomeação é significada por seu editor Francisco Santos: “Um Boletim Hiante é então esse boletim do entre-dois, do furo não a ser preenchido, mas provocador de questões, uma fenda aberta na rede”. Os boletins trouxeram excelentes questões epistêmicas e culturais. Eles se encontram em nossa página da Seção Nordeste.

Tivemos outra invenção muito valiosa para a preparação epistêmica da Jornada, foi o SONAR. Esse também recebeu uma nomeação significativa: cito na integral o que Anderson Barbosa e Suele Conde , responsáveis pelos podcasts, descreveram: Sonar: “instrumento usado inicialmente para localização de submarinos e que atualmente serve à pesquisa e estudos dos oceanos, navegação e pesca. Funciona como um radar, mas que emite pulsos sonoros ao invés de ondas de rádio. A propagação do som na água. Oscar Masotta diz que ‘A mulher é mais recôndita que o caminho por onde na água passa o peixe’. Impossível encontrar esse caminho, pois não há rastros. Se o psicanalista persegue esse caminho poderá naufragar. Por qual radar se guia o psicanalista em direção ao Real?”.

Maravilhosa alusão ao impossível de definir a orientação ao real. Nosso belo vídeo criado por Késia Ramos, a quem quero agradecer de forma especial sua generosidade em nos oferecer essa arte cúmplice da orientação lacaniana: vimos nesse vídeo da abertura o balé de uma mulher no fundo de um oceano, há rastros? Onde encontrá-los a não ser quando somos tocados por sua beleza? Esse vídeo se harmonizou muito bem ao nosso Sonar!

Ainda sobre nosso espaço, agradeço aos que fazem a secretaria, aos nossos técnicos, e colaboradores, e ainda a organização da bela festa cheia de surpresas. Gostaria muito de poder citar todos os nomes, são demasiados aqueles que participaram das comissões a quem agradeço enormemente, cujos nomes conheceremos amanhã. Sem a dedicação que prestaram não seria possível estarmos aqui. Há aqueles que trabalharam junto à Comissão científica, garimpando as referências bibliográficas que auxiliaram na elaboração dos trabalhos. Muito obrigada a todos.

Quero fazer um agradecimento especial a nossa Diretora da Seção, Cassandra Dias, uma trabalhadora incansável, esteve presente em todos os momentos, atenta a todos os passos de cada comissão, contribuindo com seu saber fazer diante das contingências que sempre ocorrem. Muito obrigada, Cassandra.

Agradeço à nossa Presidente do Conselho, Bibiana Poggi, que esteve sempre nos apoiando. Muito obrigada.

Um agradecimento também às colegas da EBP convidadas a participar das plenárias: Cristiane Barreto, Graciela Bessa e Sônia Vicente, que prontamente aceitaram o convite da Comissão Científica. Muito obrigada.

E um agradecimento mais do que especial aos Colegas e amigos, AMEs: Ricardo Seldes, da EOL, e Romildo Rangel do Rêgo Barros, da EBP, psicanalistas que contribuem constantemente em nossa formação analítica, que estão sempre presentes nas atividades das Escolas e da AMP, procurando trazer aquela leitura refinada para o que está sendo debatido, procurando evitar que nos desvirtuemos da lâmina cortante da verdade analítica. Membros que já ocuparam e, ocupam ainda, muitas funções institucionais. Temos a honra de estar recebendo o futuro presidente da Associação Mundial de Psicanálise, Ricardo Seldes. Sabemos de todas as atribuições que pesam sobre ele, o que torna sua presença uma enorme generosidade de sua parte. Muitíssimo obrigada a Ricardo e Romildo, amigos da Psicanálise.

Obrigada, amigos e colegas aqui presentes, nosso agradecimento por suas presenças e participação, contribuindo com a produção desses dias. Desejo que tenhamos uma excelente Jornada.

[1] Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=gAVcOuaUyYM


Bibiana Poggi (EBP/AMP) – Presidente do Conselho da EBP – Seção NE

Boa tarde a todos!

Em nome do Conselho da EBP-Seção NE, gostaria de dar boas vindas a cada um dos presentes, aos convidados da IV Jornada.

Gostaria de igualmente cumprimentar os colegas que compõem essa mesa de abertura, agradecendo o empenho, a dedicação, as trocas, enfim, a libido depositada no fazer desta Jornada. Cada um ao seu modo contribuiu para a construção de um produto que acontece agora.

Assim, tomo emprestadas as palavras do cantor e compositor Lenine para falar do desejo de que esses dois dias de Jornada.

Sigam “de fato
O caminho exato
Da delicadeza
E ter a certeza
De viver no afeto
Só viver no afeto

Há de ser leve

Um levar suave”.

Obrigada!


Elizabete Siqueira (EBP/AMP) – Coordenadora da Comissão Científica

Lacan, com a invenção do conceito de Escola, subverteu o status quo das sociedades de Psicanálise da segunda metade do século XX. Ele deu lugar a uma comunidade de trabalho e não de reconhecimento. Melhor dizendo, inventou uma comunidade de trabalhadores decididos, dedicados a pensar a Psicanálise a partir de sua Clínica. Fundou uma Escola para o trabalho.

Segundo Jacques-Alain Miller[1], o trabalho que se produz em uma Escola passa por uma orientação interna e pelo crivo do Outro social. A saber, pela orientação política, ética e epistêmica de suas instâncias e por um “controle” externo, isto significando que a Escola inevitavelmente está em contato com a sociedade, ao contrário de alguns grupos psicanalíticos, narcisicamente fechados em si mesmos. Lacan, ainda segundo Miller, sempre criticou a extraterritorialidade das sociedades analíticas que se colocavam distantes da polis, da cultura e dos problemas sociais. Para ele, a Escola deve manter uma abertura e uma interlocução permanentes com os territórios existentes no mundo, em uma relação não propriamente de aceitação dos seus valores, mas de presença, interlocução e intervenção.

Por isso, quando Lacan[2] fundou sua Escola – A Escola Freudiana de Paris – em 21.06.1964, no Ato de Fundação da mesma, propôs como objetivo primordial a reconquista do Campo freudiano, a fim de desembaraçar a Psicanálise dos seguidores da ideologia do ego e de seu obscurantismo narcisista e como tal paranóico.

Jacques-Alain Miller[3] entende a frase de Lacan “não serei eu quem vencerá, mas o discurso ao qual sirvo” como finamente sagaz, na medida em que estabelece uma distinção entre eu (Jacques Lacan) e ele (o discurso analítico). Nela, Lacan aparece como servidor de um discurso que o orienta. Tratar-se-ia, portanto, da presença destacada do discurso analítico, da causa mobilizada por esse discurso, que se configura como uma referência ética de “não servidão” entre pares, de dedicação a uma Causa.

Na frase destacada, o que se observa é a prevalência do discurso e não do ego de Lacan. Localização estratégica, na medida em que os discursos fazem barreira à paranoia nativa do Eu que desloca o gozo para o campo do Outro, em uma lógica persecutória e de exclusão. A primazia do discurso e não do ego faz toda diferença, na medida em que propõe outra lógica a do S(Ⱥ) e  retifica uma posição que em si mesma é sem saída.

Sabemos que um discurso estrutura um laço social que, como tal, estrutura o mundo do falasser. Sabemos também que o real do gozo não faz laço. Quem o faz são os semblantes. Entretanto, há um discurso, o discurso capitalista, que dissolve todos os outros e não abre espaço para o amor. Na verdade, este discurso foraclui as coisas do amor, precisamente, do amor que tem por funções prínceps fazer suplência à ausência de relação sexual[4], bem como fazer o gozo condescender ao desejo[5]. Além do mais, é um discurso que faz de cada indivíduo um proletário sem nenhum discurso com o qual fazer laço social[6].

O discurso ao qual servimos: o discurso analítico é a antítese do discurso capitalista, na medida em que dá lugar ao sujeito e à sua divisão desejante, exclui a dominação e o coloca no circuito da fala. Amar é falar ao Outro. O enamorado fala. O destinatário do amor é o Outro. O laço amoroso fisga o parceiro e o coloca no circuito da fala. Em contrapartida, o gozo veiculado pelo discurso capitalista é circunscrito em si mesmo.

Sabemos que a transitoriedade é uma condição humana incontornável. Cabe a nós testemunhar a coerência do nosso discurso, reinventando-o sempre, pela via da apresentação de trabalhos, de conversações, pela formação de cartéis, responsáveis por elaborações sustentadas e, sobretudo, pela Clínica do Passe, núcleo do ensino de Lacan. Isso porque se cada analista é produto de sua análise, inevitavelmente, estará comprometido com a invenção do discurso que o produziu e que sustenta sua prática. Sabedores, no entanto, de que “ele não tem nada de universal: por isso mesmo não é matéria de ensino”[7].

Com estas considerações apresento-lhes a Política que nos orientou na estruturação da programação da IV Jornada da Seção Nordeste da EBP-AMP: Respostas do Real: Contingências na Clínica, organizada com o objetivo de mostrar as ressonâncias contemporâneas do ensino de Lacan, segundo o proposto por Christiane Alberti[8], em seu texto A psicanálise presente no mundo! Nele, ela destaca que “Com Lacan, trata-se de pensar as questões clínicas atuais, como o corpo, a sexuação, o imaginário, para, a um só tempo, elucidar, esclarecer os novos sintomas ou os debates da sociedade, se quisermos manter a oferta da psicanálise estando à altura da época, a oferta de uma psicanálise que não esteja com os pés acima do chão”. Tendo em vista tal orientação, propusemos três eixos de investigação e de trabalho:

  • Eixo 1- As coisas do amor
  • Eixo 2- As subjetividades contemporâneas e suas urgências
  • Eixo 3- A prática analítica nos territórios

Acompanhemos, através do dizer de cada um, as ressonâncias da aposta de tomar o real e suas imprevisibilidades como nossa orientação clínica, política e epistêmica.

[1] MILLER, J-A. (2006-1990) Conferencias em España, El inconsciente y el grupo analítico. Barcelona: RBA Libros, p.254.
[2] LACAN, J. (2003-1964). Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. pp.235-247.
[3] Ibid., p.236.
[4] LACAN, J. (1985). Mais, ainda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
[5] LACAN, J. A angústia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
[6] LACAN, J. (2023-1974). A terceira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
[7] LACAN, J. (2010-1978). Transferência para Saint Denis. In: Correio, 2010, 65, p.31.
[8] ALBERTI, C. (2022). A psicanálise presente no mundo! In: Correio,88, p.17.

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