O estilo que faz Escola Késia Ramos (EBP/AMP) Esses tais artefatos que diriam minhas angústias,…
Elegia a Rosane
Elizabete Siqueira
Teria sido muito fácil falar sobre Rosane em outras circunstâncias que não esta da sua partida. Muitas coisas poderiam ser ditas: amiga dedicada, colega acessível, analista talentosa. Agora, resta-nos o consolo de lembrar seu jeito de atuar no mundo e de fazer a diferença.
Rosane teve um desejo decidido de Escola e seu entusiasmo permaneceu nela até o fim. Foi uma trabalhadora incansável pela Causa em que acreditava e lutou por ela até quando lhe foi possível.
Sempre disposta a aprender, ultrapassou até mesmo a barreira dos idiomas. Curiosa e aberta ao novo, jamais recuava diante de textos em língua estrangeira. Estudava com a mesma paixão com que ensinava. Para ela, eram duas faces da mesma moeda.
A construção de conhecimentos que promoveu foi extensa e importante. Permanentemente ocupada com a qualidade do que ensinava, externava, desta forma, seu respeito por aqueles a quem se dirigia.
Seus escritos portavam a marca do seu zelo e entusiasmo com a Psicanálise, com a Escola e com seus leitores. Era detalhista e rigorosa com os conceitos, sempre buscou bem dizer aqueles que haviam fisgado seu desejo. Seu compromisso com a transmissão era cristalino.
Rosane estava conosco na implantação da Escola em Pernambuco. Estará, entre nós, de outra forma, no desenvolvimento da Seção Nordeste: através dos seus textos, das sementes que fez germinar, no exemplo de sua dedicação à EBP. Por isso, será sempre uma lembrança inspiradora que fará ressoar o vivo, o alegre e o cativante, presentes no coração de um desejo decidido.